A Marcha Mundial das Mulheres – Núcleo Bagé realiza, hoje, uma mobilização contra a reforma da Previdência Social e pelo fim da violência contra o sexo feminino. O ato acontece na praça Silveira Martins (Coreto), a partir das 17h, com o objetivo de "dizer não ao retrocesso".
A Marcha Mundial das Mulheres, de acordo com a feminista e integrante do núcleo, Nádia La-Bella, existe desde 2000 em mais de 50 países. A ação iniciou com o objetivo de desenvolver um trabalho contra a pobreza e a violência, uma vez que as mulheres são mais afetadas.
Todos os anos há um tema: em 2017, no Brasil, é a reforma da Previdência. Nádia explica que a marcha é mundial, porém todo país é livre para escolher seu tema, embora a luta permanente seja o não à violência contra a mulher. “No dia 8, o mundo todo estará desenvolvendo ações, e aqui não será diferente. Para juntar-se a nossa luta está confirmada a vinda de um ônibus de Candiota. Hulha Negra também nos apoia”, diz.
Nádia comenta que a luta não é partidária. “Todos são bem-vindos: sindicatos, partidos, entidades. Queremos estruturar a marcha na região”, fala.
A feminista frisa que somente uma grande mobilização fará com que sejam ouvidas. “Queremos que chegue a Brasília o nosso descontentamento. As mulheres possuem jornada dupla de trabalho. Estão tirando os nossos direitos”, pondera.
A ação apresentará a adaptação de uma marchinha, que será o "grito de guerra" do movimento : "Ô, abre alas, que as mulheres vão passar. Com essa marcha, muita coisa vai mudar. Nosso lugar não é no forno ou no fogão. A nossa chama é o fogo da revolução".
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br