02/03/2017

Construção de usina de biogás em Candiota recebe licença de instalação


Gerar energia limpa a partir do lixo. É esse o principal objetivo dos gestores da operadora do aterro sanitário de Candiota, a empresa Meioeste Ambiental Ltda.. E, agora, a perspectiva é que esta meta ganhe um reforço. A empresa obteve a licença de instalação (LI), expedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam), para construir, no local, uma usina de biogás. 

O projeto do grupo é utilizar as células de operação do aterro já prontas para coleta e canalização do gás metano – produzido pela decomposição da matéria orgânica depositada. Aliás, a área onde deve ser instalada a usina já passou pelo processo de terraplenagem. Segundo o responsável pela operação do aterro, Gesiel Silveira, a usina de biogás deve ter um aporte financeiro de R$ 10 milhões, divididos entre a construção, aquisição e instalação de equipamentos para o funcionamento da estrutura. A obra, conforme ele, deve levar até um ano e existe a expectativa de que entre 20 a 30 operários sejam empregados durante o processo.

Após concluído o serviço, o empreendimento deve proporcionar de cinco a oito empregos diretos, além de zerar a emissão de metano do aterro à atmosfera pelos próximos 20 anos. Expectativas Segundo Silveira, conforme o andamento da obra, a previsão é de que seja instalada um turbina de fabricação austríaca, avaliada em mais de R$ 2 milhões, para que tenha início a geração de até 1,4 megawatt (MW), capaz de atender a demanda por energia de aproximadamente 10 mil pessoas. No entanto, existe a previsão de que, se o funcionamento atender às expectativas dos investidores, a estrutura possa ser expandida para 2,8 MW, o que dobraria a capacidade de geração. Funcionamento Segundo a engenheira química Caroline Irizaga, o gás metano (CH4) é um dos que mais contribuem para o chamado efeito estufa, que, no processamento, é drenado do aterro através de um sistema de células, as quais escoarão gás até a futura usina, onde a queima gerará gás carbônico (CO2), que é 21 vezes menos nocivo à atmosfera.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br