16/02/2016

Bagé - Terceira fase da operação de combate inicia hoje


Inicia, hoje, a terceira fase de operação de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus. O trabalho envolve município, Defesa Civil, 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, Brigada Militar e exército. Diferente do ocorreu no último sábado, dia D da ação, quando apenas uma panfletagem ocorreu, a força-tarefa percorrerá os bairros e buscará, nos pátios das residências, locais que possam facilitar a reprodução dos insetos. Serão visitados, sobretudo, os imóveis que se encontram fechados, ou que foram apontados por moradores como locais de risco. Uma reunião, na manhã de ontem, na sede do Quartel General, definiu os detalhes da ação.

Exército

Conforme o comandante da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, general Hertz Pires do Nascimento, essa fase da ação será realizada até sexta-feira, e irá contar com a presença de 106 militares por dia. “A cidade continua dividida em setores, sendo que cada unidade militar é responsável por uma região. Na fase anterior, fizemos um trabalho de conscientização e entramos apenas nas casas onde os moradores pediram que os militares realizassem a verificação. Agora, vamos continuar dando apoio aos órgãos municipais, e entraremos nos pátios de todas aquelas residências que foram apontadas por moradores como locais de risco, e também com base nos relatórios apresentados por nossas equipes”, explica.

Vigilância 

O coordenador da Vigilância em Saúde da Prefeitura de Bagé, Sérgio Porto, explica como está sendo realizado o trabalho onde foram encontrados focos de larvas do mosquito. “O primeiro local foi em uma armadilha localizada na rua 20 de Setembro; a partir daí, é feita uma delimitação. Temos que fazer uma varredura em uma área de 300 metros ao redor de onde encontramos o foco, pois se existem larvas ali na armadilha, certamente existem em outros locais próximos, como de fato encontramos mais um foco na mesma rua; e outro na rua Santos Souza", elucida. "Os agentes vão até as residências e recolhem amostras de larvas, além de fazer a destruição de possíveis criadouros, seja de forma mecânica ou por meio de aplicação de larvicida”, complementa.

Novo foco

O resultado da amostra coletada em uma armadilha na rua Barão do Amazonas foi divulgado ontem: de acordo com o exame, as larvas encontradas são do mosquito Aedes aegypti. As equipes da Vigilância Sanitária já trabalham no local no raio de 300 metros na busca por identificação de novos focos. A coordenadora de vigilância ambiental da Secretaria de Saúde, Milena Hetch, conta que o trabalho nos bairros infestados é realizado desde 2013, quando foram encontrados os primeiros focos de larvas do mosquito em Bagé, e esta é a primeira vez que criadouros são encontrados fora das regiões dos bairros São Judas e Getúlio Vargas, onde houve a identificação em anos anteriores.

“Os focos são geralmente encontrados durante esta época do ano, pois é o período em que as fêmeas se reproduzem, devido às condições de calor e umidade”, alerta. Milena também comenta sobre a situação, com relação ao combate e controle do Aedes aegypti. “Em Bagé, ainda temos uma situação sob controle”, frisa. A profissional tranquiliza a comunidade: "Estamos em alerta, mas a população não precisa entrar em pânico, pois não temos ninguém contaminado com alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti em Bagé, e por este mosquito ser apenas o vetor, ou seja, o transmissor da doença, ele precisa picar alguém contagiado para que possa, então, passar a transmitir o vírus”, explica.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br