10/08/2015

Lideranças buscarão em Brasília assistência técnica para ovinocultura

Na última sexta-feira, ocorreu na Prefeitura de Bagé um encontro entre representantes dos governos municipais da região da Campanha e entidades como a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Associação para o Desenvolvimento do Alto Camaquã (Adac), Embrapa, Emater, entre outras entidades. A reunião foi teve o objetivo de discutir ações para fomento da ovinocultura regional.

Após a reunião, o presidente da Adac, Mateus Garcia, comentou que o encontrou foi importante para debater a necessidade de obter junto ao governo federal, via Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), uma assistência técnica especializada para a ovinocultura. “O evento foi para buscarmos junto aos atores políticos da região, o apoio para levarmos com maior força a demanda de uma assistência técnica voltada em especial para a ovinocultura”, ressalta Garcia.

Conforme o dirigente, que também preside o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pinheiro Machado, desde março que a pauta da Ater está sendo solicitada pelos representantes locais. “A Arco liderou esse movimento, propondo o debate de obtermos uma assistência técnica específica para a ovinocultura. Houve encontros em Brasília, mas depois as coisas acabaram não avançando. Nossa proposta é retomar esse contato com o governo. Assim definimos pela visita nas próximas semanas com as representações dos municípios para cumprirmos essa agenda”, informa Mateus Garcia, que salienta que o encontro também proporcionou a assinatura de um aditivo atualizando o contrato entre a Adac e a Prefeitura de Bagé. Agora, o contrato tem validade até 31 de dezembro de 2016.

Valorização do Alto Camaquã
As duas últimas conquistas para o território do Alto Camaquã confirmam o trabalho original e com credibilidade que vem sendo desenvolvido há mais de sete anos. No final do mês de julho, a emissora de televisão RBS premiou com o troféu Campeador, os trabalhos focados no desenvolvimento do território do Alto Camaquã. A premiação tem o enfoque de valorizar as boas práticas no agronegócio gaúcho realizadas nas áreas de pesquisa, tecnologia, gestão, comunidade e lideranças.

O projeto do Alto Camaquã, que foi idealizado na figura do pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Marcos Borba, como estratégia de desenvolvimento endógeno a partir da valorização dos atores locais que integram os municípios de Bagé, Caçapava do Sul, Lavras do Sul, Pinheiro Machado, Piratini, Santana da Boa Vista e Encruzilhada do Sul, cresce a cada ano. Desde 2009, com a criação da Adac, novas ações para estimular o crescimento do território foram realizadas. Hoje, 400 produtores participam da associação, que conta com uma marca coletiva para os produtos originários do território. 

Conforme o presidente da Adac, a indicação da Fetag para o território na categoria gestão e, consequentemente, a premiação com o troféu Campeador, é o reconhecimento do trabalho feito pelas entidades parceiras e todos os produtores que participam do projeto. “Nos deixa muito feliz pelo trabalho ser valorizado. Os jurados nos premiaram na categoria gestão e podemos dizer que esse reconhecimento foi uma divisão de esforços com o trabalho em parceria de entidades como a Embrapa, a Arco, as Inspetorias, os sindicatos de trabalhadores rurais e com esse prêmio se fortalecerá ainda mais o território do Alto Camaquã”, ressalta Garcia.

O dirigente comenta que outra boa notícia para o território foi o reconhecimento como arranjo produtivo local pelo governo do estado. Entre os APL’s está a ação Ovinos e Turismo da Região do Alto Camaquã. Com isso, entre os benefícios permanentes do reconhecimento, estão o acesso a projetos e recursos dos órgãos que compõem o Núcleo Estadual de Ações Transversais nos APLs (NEAT) e a habilitação do APL para utilizar recursos priorizados no Orçamento do Estado via Participação Popular Cidadã. “Já definimos a formação de um Grupo de Trabalho para iniciar as ações de governança desse território, a partir desse reconhecimento como APL. Isso é importante porque vai além das fronteiras do território. Isso só vai nos trazer, através da denominação como APL, mais força para conduzirmos ações de valorização e fomento para o desenvolvimento sustentável dos produtores que integram o território, porque isso é inédito. Não há outro território que tenha sido reconhecido pelo estado como um APL. Essa posição do estado demonstra a validade e credibilidade de todo o projeto. Assim, esperamos avançar, agora, para conseguirmos recursos e podermos aplica-los para cada vez mais fortalecermos o território”, conclui Mateus Garcia.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br