24/06/2015

Bagé - Região registra sete casos de suspeita de dengue

Foram encontrados 43 focos de larvas do mosquito transmissor, este ano, no bairro Getúlio Vargas



Durante todo este ano foram registrados sete casos de suspeita de dengue na região, sendo que três casos foram confirmados. A informação é da responsável pela Vigilância Epidemiológica da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Cândida Britto.

Conforme Cândida, os casos oficializados são de pacientes que vieram com a doença para o município. “Nenhum deles foi infectado em Bagé, vieram de São Paulo e de outro Estado com a doença”, completa.

A responsável também ressalta que, em toda região, os ambulatórios da rede de saúde básica e também os hospitais obedecem a um protocolo de atendimento e de tratamento em casos da doença. “Se algum caso é confirmado, a médica responsável pela epidemiologia, Flávia Marzola, contacta técnicos sobre a doença e discute o caso para efetuar o tratamento, mas todas as ocorrências são tratadas no município onde está o paciente. Apenas em casos adversos, onde há dengue hemorrágica ou algum sintoma desconhecido, são tratados fora do domicílio”, acrescenta.

Cândida explica que os sintomas são semelhantes, e, após realizar a coleta do material e enviado para o laboratório, já se começa o tratamento em caso de confirmação. “Hidratação e monitoramento dos sintomas são realizados para combater a doença e a coordenadoria notifica o Estado e isso, então, entra nas estatísticas para combate”, destaca.

Prevenção
O setor de vigilância epidemiológica também destaca que o principal trabalho ainda é a prevenção e o combate ao mosquito causador da doença. “A Vigilância Sanitária do município é responsável pela questão ambiental e prevenção dos casos”, declara.

Segundo a laboratorista da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Milena Hecht, desde o início de 2015 já foram encontrados 43 focos de espécies de mosquitos que podem transmitir a dengue, todos no bairro Getúlio Vargas. “A maioria são focos reincidentes, devido às chuvas e ao acúmulo de água limpa”, salienta.

Milena enfatiza que o trabalho é realizado diretamente na residência onde há o foco, para evitar a proliferação. “Trabalhamos, também, com cerca de 180 armadilhas para combater a reprodução dos mosquitos. Os pontos estratégicos, como cemitérios, recicladoras e borracharias, são monitorados sempre. Também realizamos palestras de conscientização em escolas e os agentes de endemias visitam as residências conversando e verificando os locais, utilizando larvicidas e eliminando locais de proliferação, como pneus e vasos”, elucida.

Finalizando, a laboratorista afirma que estamos em um período mais ameno, pois o inverno é um período em que a fêmea diminui a quantidade de ovos e é mais difícil ter novos focos.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br