21/07/2021

A POLÍTICA EXTRNA ENTRE BRASIL E EUA EM 2021 QUE SUPEROU TODAS AS EXPECTATIVAS! - Brasil e Mundo

 


    O ano de 2021 iniciava e toda mídia incansávelmente alertava para um rompimento do Brasil com EUA, motivados pelo imprecendível apoio que o atual governo brasileiro dava ao candidato à releição estadunidense Donald Trump em 2020. Um dos Jornais de maior repercussão Internacional, Reuters, chegou a publicar um artigo dizendo: “ Analysis: If Biden wins U.S. election, Brazil's Bolsonaro loses key trade, climate ally”, traduzindo: “Análise: Se Biden vencer as eleições nos EUA, o Bolsonaro do Brasil perderá comércio importante, aliado climático”. Porém, atravessamos a metade de 2021 e os fatos demonstram que as coisas foram bem diferentes.

            A Cúpula do Clima em abril deste ano convocada pelo presidente Joe Biden com a presença de 40 líderes mundiais levou a todos apostarem ser a ocasião propícia para os EUA juntar-se a França e rechaçar completamente o Brasil pelo descuido ambiental. Todavia, as palavras ao fim foram contrárias a essas expectativas, o jornal O Globo publicou: “Ao encerrar cúpula, Biden diz que anúncios ambientais de Bolsonaro são notícias encorajadoras”. O Presidente Bolsonaro apresentou em números como o Brasil é exemplo mundial na preservação ambiental, com a preservação ambiental que atinge 84% da vegetação nativa na Amazônia e 66% em todo o território nacional. Além disso, possuindo uma matriz energética e elétrica invejável, comprometida com os acordos ambientais desde protocolo de Kyoto (Conferência de Estocolmo) em 1972. Demonstrados pela Matriz energética mundial que apresenta somente 14% de fonte renovável, enquanto o Brasil possui 44%, considerada uma das matrizes energéticas mais limpas no mundo, isso torna-se mais chocante ao falar da matriz elétrica brasileira que já possui 80% produzida de forma limpa. Portanto, Biden chancelou a ideia de investimento no mercado de carbono junto ao Brasil.

            Outra Política Externa adotada pelo EUA, é o apoio incondicional ao ingresso do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A organização econômica intergovernamental com 38 países membros, foi fundada em 1961 para estimular o progresso econômico e o comércio mundial. É um fórum de países que se descrevem comprometidos com a democracia e a economia de mercado, oferecendo uma plataforma para comparar experiências políticas, buscar respostas para problemas comuns, identificar boas práticas e coordenar as políticas domésticas e internacionais de seus membros. A maioria dos membros da OCDE é formada por economias de alta renda com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto e consideradas países desenvolvidos. Em 2017, os países membros da OCDE representavam coletivamente 62,2% do PIB nominal global (49,6 trilhões de dólares) e 42,8% do PIB global (54,2 trilhões de dólares internacionais) por paridade de poder de compra. A organização é um observador oficial das Nações Unidas. O Brasil vem preenchendo os requisitos necessários para ingresso, o que irá garantir um selo internacional de confiabilidade atraindo investimentos.

            Ainda no sucesso da Política Externa entre Brasil e Estados Unidos em 2021, o programa Artemis que visa à exploração do Espaço e o envio da primeira mulher a lua em 2024 foi assinado no último 15 de junho no Palácio do Planalto. A cooperação técnico-científica, é um acordo que traz um conjunto de princípios, diretrizes e boas práticas para a cooperação internacional na exploração do espaço, incluindo do território lunar. Até o momento, o Brasil é o único país da América Latina a assinar o documento e o 12º do mundo. São signatários: Austrália, Canadá, Coreia do Sul, EUA, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Nova Zelândia, Reino Unido e Ucrânia.

                Por fim, a eleição do Brasil para compor o conselho de Segurança das Nações Unidas no biênio 2022-2023, demonstra o prestígio do País nas relações internacionais que remontam o sucesso de Alexandre Gusmão em 1750 na demarcação do território nacional, bem como os feitos do Barão do Rio Branco no Brasil República. Dessa forma, a chancelaria e governo brasileiro superaram todas as expectativas nas relações com os EUA e mundo até o momento em 2021.

Chico do Sul.


 

Fontes:

AGUIAR, Valéria. OLIVEIRA, Kelly. Brasil adere a acordo dos EUA para exploração pacífica do Espaço. Agência Brasil, 2021. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-06/brasil-adere-acordo-dos-eua-para-exploracao-pacifica-do-espaco>. Acesso em: 21 de Julho de 2021.

BOADIE, Anthony. PARAGUASSU, Lisandra. Analysis: If Biden wins U.S. election, Brazil's Bolsonaro loses key trade, climate ally. Reuters, 2021. Disponível em: <https://www.reuters.com/article/us-usa-election-brazil-analysis-idUSKBN27E1MH.>. Acesso em: 21 de Julho de 2021.

LEAL, Aline. Brasil ocupará assento não permanente no conselho de segurança da ONU. Agência Brasil, 2021. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-06/brasil-ocupara-assento-nao-permanente-em-conselho-de-seguranca-da-onu>. Acesso em: 21 de Julho 2021.

O CLOBO, Mundo. O Globo, 2021. Disponível em: < https://oglobo.globo.com/mundo/ao-encerrar-cupula-biden-diz-que-anuncios-ambientais-de-bolsonaro-sao-noticias-encorajadoras-veja-mais-24984821>. Acesso em: 21 de Julho de 2021.

ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Wikipédia, 2021. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_a_Coopera%C3%A7%C3%A3o_e_Desenvolvimento_Econ%C3%B4mico>. Acesso em: 21 de Julho de 2021.

SOUSA, Rafaela. Matriz Energética Brasileira. Mundo Educação UOL, 2021. Disponível em: < https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/matriz-energetica-brasileira.htm>. Acesso em: 21 de Julho de 2021.