O ano de 2021 iniciava e toda mídia incansávelmente
alertava para um rompimento do Brasil com EUA, motivados pelo imprecendível
apoio que o atual governo brasileiro dava ao candidato à releição estadunidense
Donald Trump em 2020. Um dos Jornais de maior repercussão Internacional,
Reuters, chegou a publicar um artigo dizendo: “ Analysis:
If Biden wins U.S. election, Brazil's Bolsonaro loses key trade, climate ally”,
traduzindo:
“Análise: Se Biden vencer as eleições nos
EUA, o Bolsonaro do Brasil perderá comércio importante, aliado climático”.
Porém, atravessamos a metade de 2021 e os fatos demonstram que as coisas foram
bem diferentes.
A Cúpula do Clima em abril deste ano
convocada pelo presidente Joe Biden com a presença de 40 líderes mundiais levou
a todos apostarem ser a ocasião propícia para os EUA juntar-se a França e
rechaçar completamente o Brasil pelo descuido ambiental. Todavia, as palavras
ao fim foram contrárias a essas expectativas, o jornal O Globo publicou: “Ao encerrar cúpula,
Biden diz que anúncios ambientais de Bolsonaro são notícias encorajadoras”. O Presidente Bolsonaro apresentou em números como o Brasil
é exemplo mundial na preservação ambiental, com a preservação ambiental que atinge 84% da vegetação nativa na
Amazônia e 66% em todo o território nacional. Além disso,
possuindo uma matriz energética e elétrica invejável, comprometida com os
acordos ambientais desde protocolo de Kyoto (Conferência de Estocolmo) em 1972.
Demonstrados pela Matriz energética mundial que apresenta somente 14% de fonte
renovável, enquanto o Brasil possui 44%, considerada uma das matrizes
energéticas mais limpas no mundo, isso torna-se mais chocante ao falar da
matriz elétrica brasileira que já possui 80% produzida de forma limpa.
Portanto, Biden chancelou a ideia de investimento no mercado de carbono junto
ao Brasil.
Outra Política Externa adotada pelo
EUA, é o apoio incondicional ao ingresso do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico). A organização econômica
intergovernamental com 38 países membros, foi fundada em 1961 para estimular o
progresso econômico e o comércio mundial. É um
fórum de países que se descrevem comprometidos com a democracia e a economia de mercado,
oferecendo uma plataforma para comparar experiências políticas, buscar
respostas para problemas comuns, identificar boas práticas e coordenar as
políticas domésticas e internacionais de seus membros. A maioria dos membros da
OCDE é formada por economias de alta renda com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
muito alto e consideradas países desenvolvidos. Em
2017, os países membros da OCDE representavam coletivamente 62,2% do PIB
nominal global (49,6 trilhões de dólares) e 42,8% do PIB global (54,2 trilhões
de dólares internacionais)
por paridade de poder de compra.
A organização é um observador oficial das Nações Unidas. O Brasil vem preenchendo os requisitos
necessários para ingresso, o que irá garantir um selo internacional de
confiabilidade atraindo investimentos.
Ainda
no sucesso da Política Externa entre Brasil e Estados Unidos em 2021, o
programa Artemis que visa à exploração do Espaço e o envio da primeira mulher a
lua em 2024 foi assinado no último 15 de junho no Palácio do Planalto. A cooperação
técnico-científica, é um acordo que traz um conjunto de princípios, diretrizes
e boas práticas para a cooperação internacional na exploração do espaço,
incluindo do território lunar. Até o momento, o Brasil é o único país da
América Latina a assinar o documento e o 12º do mundo. São signatários:
Austrália, Canadá, Coreia do Sul, EUA, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes
Unidos, Nova Zelândia, Reino Unido e Ucrânia.
Por
fim, a eleição do Brasil para compor o conselho de Segurança das Nações Unidas
no biênio 2022-2023, demonstra o prestígio do País nas relações internacionais
que remontam o sucesso de Alexandre Gusmão em 1750 na demarcação do território
nacional, bem como os feitos do Barão do Rio Branco no Brasil República. Dessa
forma, a chancelaria e governo brasileiro superaram todas as expectativas nas
relações com os EUA e mundo até o momento em 2021.
Chico do Sul.
Fontes:
AGUIAR,
Valéria. OLIVEIRA, Kelly. Brasil adere a acordo dos EUA para exploração pacífica
do Espaço. Agência Brasil, 2021. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-06/brasil-adere-acordo-dos-eua-para-exploracao-pacifica-do-espaco>.
Acesso em: 21 de Julho de 2021.
BOADIE,
Anthony. PARAGUASSU, Lisandra. Analysis: If Biden wins U.S. election, Brazil's
Bolsonaro loses key trade, climate ally. Reuters, 2021. Disponível em: <https://www.reuters.com/article/us-usa-election-brazil-analysis-idUSKBN27E1MH.>.
Acesso em: 21 de Julho de 2021.
LEAL,
Aline. Brasil ocupará assento não permanente no conselho de segurança da ONU.
Agência Brasil, 2021. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-06/brasil-ocupara-assento-nao-permanente-em-conselho-de-seguranca-da-onu>.
Acesso em: 21 de Julho 2021.
O
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Acesso em: 21 de Julho de 2021.
ORGANIZAÇÃO
PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Wikipédia, 2021. Disponível em:
< https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_para_a_Coopera%C3%A7%C3%A3o_e_Desenvolvimento_Econ%C3%B4mico>.
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