05/11/2015

Usuários da Bagé-Lavras reclamam das condições da estrada

Um problema ainda sem solução é a pavimentação da RSC-473, que liga Bagé aos municípios de Lavras do Sul e São Gabriel. As obras de asfaltamento foram iniciadas em 2012, mas pouco avançou, estando paradas desde então.

O que permanecem, na via, são ações de manutenção para que o tráfego prossiga. Porém, com a situação climática atípica, que apresenta elevada precipitação nos últimos meses, só é possível encontrar lama, atoleiros e indignação de quem transita pela estrada.

As más condições da rodovia, principalmente em dias de chuva, dificultam a vida de quem precisa trafegar por ali. Veículos atolados, dificuldade para quem precisa fazer tratamento de saúde em Bagé, prejuízos para o setor primário, desistência de investimento na região, esses são alguns relatos de pessoas que utilizam a estrada.

Indignação
A proprietária rural da região, Marli Conde Fernandes, comenta que, no trecho dos quatro quilômetros, próximos a Bagé, havia carros atolados. “O que me indigna, é que na frente da capatazia do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer) têm patrolas e caminhões parados, ao lado de um monte de cascalho, que poderia ser colocado nos buracos mais fundos. E as máquinas poderiam, pelo menos, socorrer a população que fica atolada”, completa.

Marli informa que a manutenção da via é feita até Torquato Severo. “As máquinas não passam dali. Só que a RSC-473 vai até São Gabriel. A estrada está estreitando e ficando um corredor”, ressalta.

O agricultor Márcio Gonçalves diz que já viu a estrada em situações piores. Porém, a parte de chegada a Bagé, depois que foram realizadas intervenções, está intransitável. “Se continuar a chuva, não sei até quando o ônibus vai passar. Carros pequenos estão ficando no atoleiro, caminhonetes sem tração também não cruzam. Novamente, estamos pedindo ajuda aos órgãos competentes”, relata.

Segundo informações do gerente da São João/Bagé, Lázaro Souza, essa situação prejudica os moradores das localidades que dependem do transporte e estraga os ônibus. “Tivemos que retirar um veículo do atoleiro, gerando um custo maior para a empresa. Não temos indicações de parar de realizar esse trajeto”, encerra.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br/