Os salários dos servidores estaduais serão parcelados pela sétima vez consecutiva. A previsão é de que, hoje, seja depositado o valor de R$ 1 mil a cada trabalhador público. Em virtude disso, conforme deliberação do conselho de representantes do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), caso até as 24h de hoje não sejam pagos os vencimentos em sua integralidade, amanhã os agentes de segurança devem paralisar suas atividades por 15 horas, a exemplo do registrado no início de agosto.
A paralisação, se ocorrer, começará às 6 horas e se estenderá até as 21 horas. Além disso, também deve ser retomada a Operação Padrão, até que haja a integralização dos salários.
O diretor da Ugeirm/Sindicato, comissário de polícia Luiz Henrique Lamadril, comenta que a manifestação anterior foi muito positiva. “Tivemos boa adesão do Cpers/Sindicado e do Sindisaúde. Isso demonstra a revolta e a indignação dos servidores do Executivo diante do desrespeito do governador”, salienta.
Lamadril entende que a paralisação causa forte impacto ao governo do Estado. “Tanto que, em julho, o governador José Ivo Sartori disse que pagaria o salário até dia 19 e acabou pagando no dia 12. Outro impacto importante foi que o desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul declarou que o descumprimento do pagamento salarial também é uma pedalada e seria um motivo para causar o impeachment do governador”, ressalta.
O comissário destaca que a luta por melhores condições de trabalho, contra o parcelamento, investimento na segurança pública e, também, pela contratação dos concursados será mantida. “Chamaram alguns policiais militares e civis, porém continuamos cobrando o chamamento de todos. Se o Sartori tivesse feito isso, não haveria necessidade de pedir ajuda da Força Nacional e muitos gaúchos não teriam pago com a própria vida”, completa.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br