24/08/2016

SÃO GABRIEL - COMANDANTE DA BRIGADA MILITAR AFIRMA: “QUEM INFORMA BARREIRA COLABORA COM O CRIME”.

A Brigada Militar de São Gabriel tem uma relação de pessoas e páginas em redes sociais que estariam “contribuindo” para evitar flagrantes de embriaguez no volante e outros crimes que poderiam ser identificados durante a realização de barreiras policiais. De acordo comandante interino do 4 º Esquadrão da BM, tenente Adriano Veras, a polícia tem prints que revelam a troca de informações durante a realização de operações no trânsito.

“Quem informa barreira colabora com o crime. A pessoa que informa, mesmo que ‘inocentemente’, sem perceber está agindo contra a polícia”, disse o tenente.

Um projeto de lei do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul, encaminhado no início deste ano à Câmara do Deputados, em Brasília, prevê tornar crime esse tipo de informação, seja anunciando barreiras policiais ou de fiscalização de trânsito. A proposta prevê até prisão a quem avisa sobre blitze na internet.

“Esse é um grande prejuízo da sociedade. A sociedade que exige uma série de medidas para a segurança do trânsito, alguns dos integrantes prestam um desserviço social, comunicando para o infrator, o mal feitor do trânsito, o próprio delinquente que naquele local tem uma fiscalização de trânsito”, ressalta o diretor geral do Detran, Ildo Mário Szinvelski.

Mas o tema não é novidade no Parlamento. Outro projeto, semelhante, está na Casa desde 2013 e tem os mesmos objetivos. De autoria do deputado Major Fábio (DEM-PB), o projeto está em tramitação e encontra-se em fase de análise das Comissões de Ciência e Tecnologia; Comunicação e Informática; Viação e Transportes; Constituição e Justiça e de Cidadania.

Em São Gabriel existem grupos que trocam informações através do WhatsApp. O tenente explica que essas pessoas estão causando um dano enorme à segurança.

“As barreiras não visam, unicamente, a questão trânsito, mas também o combate ao tráfico de drogas, uso de armas e a busca de foragidos da Justiça. Quando são divulgadas informações sobre as ações da Polícia, esses marginais acabam se beneficiando”, argumenta o tenente.

O comando da BM vai encaminhar um relatório ao Ministério Público com nomes e números de usuários. De imediato, ainda não se sabe o que legalmente pode ser feito contra os “informantes da internet”.

Fonte: https://n1noticia.wordpress.com/