18/08/2015

Servidores estaduais realizam assembleia geral

Hoje, o dia será marcado por manifestações promovidas por servidores públicos do Rio Grande do Sul. Durante a manhã, o Centro de Professores do Estado do RS (Cpers) realiza assembleia no Gigantinho, em Porto Alegre. Já a partir das 14h, é a vez das demais entidades do funcionalismo estadual se reunirem no Largo Glênio Peres.

Para a presidente do Cpers/Sindicato, Rosane Matucheski, a expectativa é de que haja greve. “É o momento oportuno para mostrarmos ao governo que estamos atentos. É uma falta de respeito com o funcionalismo. Um governo sem posição”, comenta.

Rosane informa que o 17º Núcleo do Cpers irá com aproximadamente 130 representantes. “O governo tenta desmobilizar os servidores públicos e, assim, aprovar um pacote de projetos que desqualifica nossas profissões. O governador não dialoga com os servidores. Além disso, todo mês tememos o terrorismo do pagamento dos salários”, completa.

Conforme o diretor da Ugeirm/Sindicato - entidade que representa escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Cívil do RS -, Luiz Henrique Lamadril, cerca de 100 funcionários públicos, envolvendo Polícia Civil, Brigada Militar e Susepe, irão se deslocar para a assembleia geral. “Esperamos reunir de 30 a 40 mil manifestantes nesse ato. A expectativa é que a categoria decida entrar em greve, por tempo determinado, de três dias”, salienta.

Lamadril comenta que um dos motivos é o atraso no pagamento dos salários. “Não temos previsão de pagamento do mês de agosto. Não concordamos com alguns projetos que extinguem e/ou privatizam alguns órgãos. Queremos a contratação imediata para o efetivo, 650 para Policia Civil e 2,5 mil para Brigada Militar”, ressalta.

O presidente regional da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho – Brigada Militar (Abamf), José Maria Rodrigues Fernandes, explica que uma das reclamações da categoria é o fato de que não há negociação, nem conversa com a BM por parte do governo. “Vamos lutar pelos nossos direitos. Principalmente contra a PEC 244, que nos tira da constituição e não dá direito à promoção na reserva”, enfatiza.

A presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Asdep), Nadine Farias Anflor, descarta qualquer possibilidade de paralisação. A entidade apoia a mobilização, mas a operação padrão foi suspensa com a integralização do pagamento do funcionalismo.

Greve
O indicativo é de três dias, mas cada sindicato ficou de definir sua posição e encaminhá-la para a coordenação do movimento hoje. Categorias da Saúde, Educação e Segurança Pública estão entre os que devem aderir à paralisação. Depois da assembleia, haverá caminhada e protesto em frente ao Piratini.

Hoje

Cpers/Sindicato
- Os professores farão assembleia às 10h, no Gigantinho. Depois, caminharão até o Largo Glênio Peres. A categoria deve votar em favor de uma "greve rápida".

Asdep
- A associação informou que apoia a mobilização, mas descarta qualquer possibilidade de paralisação por parte dos delegados de polícia.

Ugeirm
- Os policiais civis vão se concentrar a partir do meio-dia em frente ao Palácio da Polícia, e, às 13h, partirão em marcha até o Largo Glênio Peres. A tendência é de apoio à greve, mas com manutenção de pelo menos 30% das atividades.

Abamf
- Antes de se dirigirem para a assembleia geral, os policiais militares se reunirão no QG da Brigada Militar, às 13h. Como são proibidos de paralisar atividades, prometem intensificar a operação-padrão.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br