O Dia D Nacional da Saúde ocorreu na terça-feira, em Brasília. Representantes dos hospitais filantrópicos e das Santas Casas de todo país estiveram na Câmara dos Deputados para apresentar a pauta de reivindicação aos parlamentares. O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), que integra a Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e Frente Parlamentar da Saúde participou do evento.
Os manifestantes chamaram atenção dos parlamentares para a crise financeira que as instituições hospitalares enfrentam, que já atingiu o patamar de R$ 21,5 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões são com o sistema financeiro. Entre as reivindicações estão: o reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS); mais recursos no orçamento da União para os hospitais e Santas Casas; garantia do equilíbrio econômico e financeiro nos contratos/convênios firmados com o SUS; estabelecimento de política de saneamento das instituições e condições para que profissionais e médicos, e todos os trabalhadores, realizem seus trabalhos com qualidade. É necessário o financiamento, através do BNDES, com juros e equalizações sob responsabilidade do governo federal, já que a dívida foi constituída em nome da manutenção do SUS.
Prioridade na Saúde
O deputado Afonso Hamm enfatizou que a prioridade de atuação no mandato é voltada a área de Saúde, sendo que somente com as emendas parlamentares já direcionou R$ 24 milhões. O parlamentar relatou a preocupação frente ao fechamento de muitos hospitais por falta de condições financeiras. Neste sentido, Hamm alerta que o país precisa definir como prioridade a saúde e oportunizar recursos e estrutura adequada para atender à população. “O governo erra ao contingenciar recursos para saúde. E no mais, a tabela do SUS está defasada, hoje a cada R$ 100 gastos nos atendimentos e procedimentos cirúrgicos, R$ 40 são contabilizados em prejuízos”, apontou.
O diretor geral da Santa Casa de Caridade de Porto Alegre, Julio Flávio Dornelles de Matos, que também é diretor da Confederação das Santas Casas e Hospitais, informa que no Rio Grande do Sul, 14 hospitais já encerram suas atividades. “Em todo país, precisamos na ordem de R$ 10 bilhões de recursos emergências para ter equilíbrio em todo país para custeio. Somente no Rio Grande do Sul são necessários 650 milhões para atender a integridade dos hospitais”, relatou o diretor ao enfatizar que a dívida das instituições hospitalares do RS chega a R$ 1,3 bilhão.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br