Servidores do estado se mobilizaram no sábado, na Praça Silveira Martins, devido às últimas decisões do governador José Ivo Sartori. Professores, policiais civis e brigada militar estiveram reunidos para esclarecer à população, por meio de panfletos, os principais motivos pela indignação das categorias: o congelamento de salários. Além disso, os manifestantes ressaltam que os cortes no orçamento prejudicam, principalmente, saúde, educação e segurança.
Entre as propostas de José Ivo Sartori está a extinção de fundações e a reforma da previdência. Além disso, o governador teria nomeado 52 cargos em comissão, na semana passada.
De acordo com uma das representantes do Cpers Sindicato, Ana Lúcia Cabral, o ato de reunir as categorias é para demonstrar a indignação com as decisões do governador. “O governo está penalizando o funcionalismo. Existe uma grande chance de ser deflagrada a greve pois esta questão do salário é muito grave, além das mudanças na complementação e fechamento das fundações”, ressalta.
Já o diretor do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia em Bagé, Luiz Henrique Lamadril, ressalta: “os cortes atingem diretamente os serviços essenciais. Temos muitas defasagens no serviço, pois 650 policiais civis e 2.500 policiais militares foram aprovados em concurso, mas ainda não foram chamados para recomporem o quadro da segurança pública”, explica.
Para a delegada do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (AMAPERGS), Cláudia Machado, é grande a dificuldade de diálogo com o governador do Estado. “O governo não recebe as categorias para negociar, parece que não existimos, mas estamos mobilizados pois toda a comunidade sofre quando não se paga os servidores. Nós cumprimos as funções, horários, mas e nossos direitos onde estão?”, indaga.
O presidente regional da Associação da Brigada Militar, José Maria Fernandes, ressalta: “o governador está adiando o reajuste salarial que receberíamos nos anos de 2016 a 2018. Ele está descumprindo uma ordem”. Segundo Fernandes, a categoria também está mobilizada pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que retira a regra do tempo de serviço dos brigadianos.
Uma assembleia geral está marcada para o dia 18 de agosto, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre. As categorias irão manifestar as reivindicações e existe possibilidade de aderirem à greve.
Integrantes do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus) estiveram presentes na manifestação em apoio aos servidores.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br