No dia 8 de maio, Cármen Lúcia Steffler foi nomeada pela Prefeitura de Bagé para assumir o cargo de professora de Matemática. De acordo com o marido, Leopoldo Steffler, ela apresentou todos os documentos solicitados no dia 11 de maio. Após um mês, porém, foi informada que não poderia assumir a função por não estar habilitada para isso. Acontece que ela está, conforme os documentos apresentados por Steffler para a reportagem da FOLHA do SUL. Além do diploma de nível superior, há uma declaração da Universidade da Região da Campanha sobre a habilitação da profissional.
O cidadão garante que, diante da negativa, buscou recorrer e contestar tal parecer. Porém, teria sido informado, na Secretaria de Administração, que isso não seria possível. O casal também teria recorrido à Procuradoria do município e, no setor, um funcionário teria admitido que não verificou o verso do certificado, onde consta sobre a habilitação de Cármen. Porém, também foi informado que não seria possível recorrer da decisão.
"Pedimos a reconsideração e negaram", comentou, ao definir o caso como negligência. Ele garantiu, ainda, que há outros profissionais que tiveram suas comprovações avaliadas de uma forma equivocada. À reportagem, apenas esse caso foi apresentado. Diante das duas negativas, Steffler conta que recorreu ao prefeito Dudu Colombo. Foi quando conquistou o direito da revisão da documentação.
Desde a semana passada, porém, ele espera uma resposta. "Na sexta-feira, disseram-me que nesta semana teriam um parecer", disse. Ontem, relatou que ingressou na Justiça para garantir o acesso de sua mulher à municipalidade. Steffler comentou que Cármen, de 51 anos, já leciona Matemática para a rede estadual de ensino há mais de 20 anos e que a profissional já fora, inclusive, contratada pelo município por um ano. O secretário de Administração, Tairone Martins, garantiu desconhecer o caso, mas reiterou que, se houve erro, a secretaria irá admitir e revisar a documentação. Além disso, ponderou que não foi procurado, mas que está aberto para dialogar sobre o problema e resolver o impasse. A secretária de Educação, Nádia La-Bella, comenta que a pasta aguarda parecer da Procuradoria Jurídica. Se for favorável, ela assumirá a função. "Eu já havia explicado isso. Nós temos todo o interesse em que ela assuma, mas se estiver dentro da legalidade", comentou, ao ponderar que a habilitação apresentada não estava de acordo com o edital do concurso.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br