Atendimento será oferecido até quinta-feira
O Centro Integrado de Oncologia e Mama (Ciom) atende cerca de 530 pacientes com casos de câncer em Bagé. Atualmente, 40% são de câncer de mama em mulheres. Além disso, a Liga Feminina registra um número de 380 pacientes. Pelo alto índice dos casos na cidade, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul e o Instituto de Mama do RS (Imama) oferecem o serviço de mamografia a 160 pessoas durante esta semana. O mamamóvel, caminhão do Imama, está localizado em frente ao posto de saúde Camilo Gomes e conta com uma equipe de profissionais da área da enfermagem que realizarão os exames. O transporte, equipado com o mamógrafo, e a equipe vieram de Porto Alegre e ficarão em Bagé até quinta-feira. Além de Bagé, Dom Pedrito também foi selecionada para receber o serviço. Até o momento, 80 mulheres já estão pré-agendadas para realizar o exame de mamografia, mas ainda restam 80 vagas. Para a efetivação do exame, a paciente deve levar o pedido feito por médico ou enfermeiro. O serviço será oferecido das 8h às 12h e das 13h30min às 17h. De acordo com a enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde, Adriana Oliveira, o município já oferece, mensalmente, a realização de 160 exames. “O mamamóvel surge como uma ajuda extra, para que mais pessoas tenham acesso", ressalta.
Além da realização de exames, o mamamóvel irá oferecer palestras gratuitas todas as manhãs. Uma tecnóloga de radiologia irá tratar sobre a realização do exame de mama, os principais cuidados, explicação para o exame de palpação e a importância da prevenção.
De acordo com a enfermeira da equipe, Carolina Machado, o serviço agrega esclarecimento sobre o assunto e cuidados com a saúde. “A importância desse serviço é que conseguiremos chegar aos locais onde, muitas vezes, o município não consegue abranger, pois é difícil atingir todas as mulheres. Além de termos a palestra, faremos os exames.”explica.
Câncer de mama no Brasil
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse é o segundo tipo mais frequente no mundo. A doença é mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado da forma correta, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam altas, principalmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
A doença é rara em idades anteriores aos 35 anos, mas, acima dessa faixa etária, a incidência é rápida e progressiva. Estatísticas indicam aumento de sua incidência, tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br