19/05/2015

Bagé - “Nosso maior interesse é retomar esta grande obra”, diz prefeito

Anunciada pela Justiça Federal, na sexta-feira passada, a possibilidade de encerramento do embargo da Barragem da Arvorezinha para o dia 11 de junho, dois anos após o início das investigações de irregularidades, fez com que a comunidade bageense voltasse a discutir o assunto de forma efusiva em seu cotidiano. Em parte, porque, com a medida, é possível que os serviços possam ser retomados, agora com novas empresas contratadas.

O prefeito de Bagé, Luís Eduardo Dudu Colombo dos Santos (PT), faz questão de ressaltar que aguardará uma posição oficial dos órgãos de investigação. “Esperamos que, na primeira semana de junho, a Justiça Federal levante o embargo da obra para que possamos fazer todos os processos administrativos”, sintetizou.

Na sequência, disse ele, o Executivo pretende “contratar um serviço para tomar conhecimento do que falta fazer do projeto original. Identificar o que precisa e, então, contratar nova empresa para realizar a obra”.

Em sua breve análise, Dudu afirmou que a administração municipal tem mantido contato com o Ministério da Integração Nacional para assegurar que os recursos destinados ao empreendimento continuam disponíveis. “Nosso maior interesse é retomar essa grande obra”, ressaltou.

Situação
A decisão tomada pelo juiz federal Gustavo Chies Cignachi, responsável pela condução da ação civil pública que apura o caso, concedeu 10 dias às partes para que apresentem os pareceres dos assistentes técnicos, formulem quesitos complementares e justifiquem a necessidade de manutenção do embargo, se assim entenderem necessário. Isso ocorreu logo após o recebimento do laudo técnico realizado por especialistas do Batalhão de Engenharia de Construção do Exército de Lages (SC).

Caso não surjam novas posições, Cignachi deve determinar a devolução da área ao município, para a retomada a obra.

Apesar disso, tal ação não deve representar o fim dos entraves para o empreendimento. Até porque, conforme laudo apresentado pelo Exército, foi apontada a necessidade de um minucioso estudo a respeito de tudo o que já foi realizado, em caso de prosseguimento da obra, tendo em vista que, conforme os investigadores, os serviços já executados não seriam, em sua totalidade, confiáveis para a ponto de serem continuados.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br