26/09/2014

Pai e filho são presos pela morte do pecuarista Cláudio Magalhães

Mandados de busca e apreensão e de prisões preventivas foram cumpridos ontem

Advogada afirma que Cleiton não tem relação com o caso

Crédito: ANTÔNIO ROCHA
Clênio Penteado Barcellos, 55 anos, e o filho, Cleiton da Silva Barcellos, 31 anos, foram presos na manhã de ontem. Os dois são suspeitos de matar o pecuarista Cláudio Franco Magalhães, 42 anos, na sexta-feira da semana passada. A delegada Daniela Barbosa solicitou a prisão preventiva na terça-feira e o pedido foi deferido na tarde de quarta-feira. Os dois foram localizados na casa de Clênio, na rua Maruti.  
A delegada solicitou à justiça, também, mandados de busca e apreensão para estância onde o crime aconteceu, na casa dos dois acusados e, ainda, no hospital onde Clênio esteve hospitalizado na quarta-feira.
Os policiais iniciaram a operação para cumprir os mandados durante a madrugada. A polícia utilizou quatro viaturas e 14 policiais. Além da Delegacia Especializada em Furtos, Entorpecentes e Capturas (Defrec), a Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) as 1ª e 2ª Delegacias de Polícia participaram das buscas, apreensões e prisões preventivas.
Os agentes levaram cerca de seis horas para colher o depoimento da dupla. Clênio alegou ter matado Magalhães em legítima defesa. O filho, por outro lado, negou envolvimento na morte do pecuarista. Segundo Daniela, desde o início das investigações uma das testemunhas aponta a participação do Cleiton no assassinato. A delegada alegou que o pedido de prisão preventiva teve como base, relatos da testemunha de ter sofrido ameaças por parte dos acusados. Outras testemunhas poderão ser convocadas para esclarecimentos sobre a motivação do crime. A tese de que haveria desentendimento entre as partes ainda está sendo investigada.
A advogada dos acusados, Beatriz Lamego negou a participação de Cleiton no homicídio. A versão da defesa é de que o filho de Clênio não tem relação com o crime, não tendo disparado contra a vítima, tão pouco estaria próximo de Magalhães.

O crime
Cláudio Magalhães morreu na manhã da sexta-feira da semana passada. O corpo do pecuarista foi encontrado boiando na barragem da propriedade rural da família, na estrada da Igrejinha. O suspeito Clênio é arrendatário do local.
Ainda durante a manhã do crime, conforme testemunhas relataram aos policiais no dia do assassinato, Clênio e Magalhães teriam se encontrado no campo. O suspeito conduzia um trator e a vítima uma caminhonete. Os dois veículos colidiram.
Na segunda-feira, o acusado Clênio entrou em contato com a polícia para prestar depoimento. Entretanto, a oitiva foi adiada duas vezes. Na quarta-feira, os advogados alegaram que, em função de problemas de saúde, o acusado estava hospitalizado e não poderia prestar depoimento.

Fonte http://www.jornalminuano.com.br/