12/03/2014

Professores poderão definir por greve na próxima sexta-feira

Em assembleia regional na tarde de ontem, os professores da rede estadual de ensino defiram que acatarão a decisão da assembleia geral da categoria, prevista para a próxima sexta-feira, em Porto Alegre. O encontro dos professores foi o momento de debater a construção de uma greve e se, de fato, a paralisação é a melhor estratégia. A principal reivindicação dos docentes é o pagamento do piso nacional da categoria. A presidente do Cpers Sindicato ponderou que é “fácil votar uma greve”, contudo, alegou a construção precisa ser pensada e quais serão as consequência. A fala faz referência a adesão dos professores. Ontem, cerca de 40 profissionais participaram da assembleia.

Além de uma greve por tempo indeterminado, poderá ser votado, na assembleia geral, na sexta-feira, uma paralisação por três dias. Ana Lúcia, questionada sobre o motivo da maioria dos docentes não aderir a movimentos grevistas, alegou que será preciso realizar um diagnóstico. Um professor argumentou que os colegas parecem estar “de ouvidos fechados” aos apelos daqueles que apoiam uma mobilização. Disse, também, que aqueles que costumam  aderir e ir à luta estão cansados das poucas conquistas. Outro professor ponderou que se não há maior adesão aos movimentos grevistas é porque há, no quadro do Estado, muitos profissionais contratados. Eles temeriam participar de uma greve e, por isso, serem demitidos.
Outro profissional lembrou que muitos colegas trabalham sob convocação e também não participam de atividades grevistas. Um professor sugeriu que um das lutas principais da categoria seja a reivindicação de nomeação de concursados, já que haveria mais contratações e convocações do que nomeações em Bagé. Ana Lúcia, inclusive, apresentou que, hoje, na região, há pouca falta de profissionais nas escolas justamente em decorrência dessas estratégias. A sindicalista, sobre se há outra forma de pressionar o governo, foi enfática: “Não conhecemos uma maneira alternativa à greve, mas sabemos que a categoria está cansada, está doente”.