14/08/2015

Bagé - Coleta seletiva começará no final do mês

Uma lei que está em vigor desde 2010 informa que todos os cidadãos deverão realizar a separação dos resíduos produzidos. Em Bagé, a coleta seletiva era realizada pela Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis (Asmar) e, no final deste mês, será reiniciada com dois caminhões, sendo um para a zona central e outro para os bairros.

Conforme o secretário municipal de Meio Ambiente, Jéferson dos Santos Dutra, o serviço irá trazer qualidade e melhorias. “Temos, agora, dois caminhões que ficarão à disposição para esse serviço. Elaboraremos um calendário de passagem para a coleta e começaremos o trabalho educativo da comunidade, com palestras em escolas, centro de tradições gaúchas e igrejas, aprimorando o trabalho e conscientizando a comunidade”, destacou.

O secretário informou que a prioridade de seu trabalho é a coleta seletiva. “É uma questão de saúde pública, meu objetivo é qualificar e os resíduos chegarem separados e selecionados para o trabalho dos separadores do aterro sanitário”, elucida Dutra.
Ele também salienta que essa coleta contará com cerca de cinco “carrocinhas” de coleta, com os catadores identificados com o uniforme da Smam. “Esse trabalho envolve mais de 40 famílias, auxiliando, também, na questão de emprego e cuidado social. Com os catadores e selecionadores trabalhando e a comunidade consciente, teremos menos volume de resíduos que não podem ser reutilizados e mais materiais recicláveis”, completou o secretário.

Aterro sanitário
A empresa Agroambiental, que foi contratada após licitação para assessorar os gestores da Smam, visando qualificar a funcionalidade do aterro sanitário de Bagé, propôs a instalação de um sistema biológico para complementar o tratamento.
De acordo com o biólogo Fernando Campani, esse serviço apresenta eficiência em diversos países e a ideia é devolver os resíduos tratados para a natureza. “Temos, em Bagé, três lagoas de estabilização, sendo insuficiente. Agora iremos implementar mais duas; a primeira com o “banhado artificial”, com um tipo de planta nativa, e a outra lagoa, final, com plantas “aguapés”, com animais para que os resíduos retornem já com qualidade para a natureza”, destacou.

Finalizando, o biólogo destaca que só assim poderão ser reduzidos os riscos de poluição da bacia hidrográfica: “Que contém o aterro sanitário de Bagé, além de promover a proteção dos nossos arroios e a Bacia Hidrográfica do Rio Negro. A Lagoa de Polimento será parcialmente forrada com macrófitas da espécie Eicchorniacrassipes. A lagoa funcionará como última estação de tratamento antes de despejar para o corpo receptor (sanga)", encerra o biólogo.

O aterro sanitário está passando por uma reformulação de gestão e rotinas técnicas. A unidade deverá receber o tratamento especializado com gerenciamento profissional, que inclui, além da tarefa de tratar e abrigar os rejeitos, construir uma dinâmica de profissionalização do público que opera com a coleta seletiva e triagem dos resíduos sólidos da cidade.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br