17/03/2014

Deputado Catarina afirma que obra da ERS 473 não sai este ano

Ele argumenta que pavimentação do trecho não estava prevista no orçamento do governo do Estado
O deputado estadual Catarina Paladini (PSB) de Pelotas participou de reuniões com os diretórios do partido nos município de Lavras do Sul e Bagé neste  final de semana em busca de apoio para sua reeleição. No sábado de manhã, em entrevista ao Jornal MINUANO, ele afirmou que a obra de pavimentação da ERS 473  que liga Bagé a Lavras do Sul foi um anúncio político e não sairá do papel este ano.
Até setembro do ano passado, o partido de Catarina fazia parte do governo, inclusive o vice-governador Beto Grill é do PSB. Questionado sobre isso, já que era do governo, o parlamentar justificou que  trouxe o tema à tona por pedido de lideranças políticas de Lavras do Sul. O socialista salienta que após a instalação do canteiro de obras vários fatores impediram a continuidade da pavimentação. "O principal é a falta de verbas", comenta.
Segundo o deputado, no início do governo de Tarso Genro, foram anunciadas 104  obras de acessos a rodovias, 12 ligações regionais e três duplicações em estradas que foram previstas em orçamento e entre elas não estava a pavimentação entre os dois municípios.
Para ele, a atitude do governo  foi irresponsável porque criou uma expectativa na população sem ter verba para concluir. "É um apelo popular e houve pressão política para iniciar", alfineta.
 De acordo com Paladini, nas últimas semanas, as tratativas entre Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado do Rio Grande Sul (Seinfra) e a construtora responsável pela pavimentação do trecho,  apontam para possível rescisão contratual amigável entre as partes.
Ele observa que a direção da empresa manifestou disposição de abrir mão do contrato devido aos inúmeros imbróglios a serem resolvidos. "A alternativa seria promover nova licitação, o que demandará cerca de um ano para o Estado obter nova contratação", ressalta.
Paladini  também salienta que já ocorreram vários problemas na obra.  Ele cita os valores não medidos e cobrados, o fato da contratada não apresentar o seguro referente à Responsabilidade Civil do Engenheiro da Obra, entre outros.

Segundo o deputado existe uma deficiência contratual onde parte da obra que liga a BR 293 até Tabuleiro tem 47 quilômetros e o contrato prevê pavimentação em apenas 22,7 deste trecho. "Do Tabuleiro até Lavras do Sul são 22 quilômetros e existe projeto contratado para execução desta obra. Porém, como se trata de projeto antigo, licitar qualquer obra a partir deste projeto colocará o Estado sob risco novamente", ressalta. Já o trecho entre Tabuleiro e Torquato Severo não possui projeto executivo viável para encaminhar à licitação.
O parlamentar comenta que a empresa ainda não viabilizou o pleno licenciamento das jazidas de solo para complementar a terraplenagem. Segundo ele, foi solicitada pela contratada a substituição da pedreira, processo aceito pelo Daer e que deverá inclusive baixar o custo devido a distância de transporte. Paladini disse que há algum tempo foi verificada a qualidade da brita pela Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) via Laboratório/Daer. "Não sabemos os resultados destes testes", disse.

"A alternativa seria promover nova licitação, o que demandará cerca de um ano para o Estado obter nova contratação"