Após mais de 25 anos de espera, sete famílias de Candiota poderão ter direito à propriedade de suas residências. Isso devido ao repasse feito pela União de uma área localizada junto à sede do município, como parte do processo de regularização fundiária. A formalização do processo aconteceu ontem, no final da tarde, em solenidade realizada em Porto Alegre, entre representantes da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e do Executivo da Capital do Carvão. A área repassada ao município tem 6 056,97 metros quadrados. Sete famílias residem no terreno, que também serve para acomodar a sede do Clube de Mães de Dario Lassance. Até então, moradores e frequentadores da entidade não possuíam direito de posse desses locais. De acordo com o prefeito, Adriano Castro dos Santos, a medida é um passo importante para que os moradores possam ter seus títulos de propriedades formalizados junto aos órgãos públicos. “Essas áreas pertencentes ao governo federal agora vão pertencer aos moradores, o que nos torna destaque no que diz respeito à regularização fundiária na região”, comemorou. Segundo o gestor, as regiões dos bairros João Emílio, Cimbagé e Vila Operária já passaram pelo mesmo processo e o foco, agora, é ampliar as ações até as regiões de Seival, Vila Residencial e Luiz Chirivino.
Além disso, ainda está em processo de formalização, segundo ele, a liberação de uma área de oito hectares, localizada também em Dario Lassance. “Não é um processo simples, pois envolve instâncias federais e pode levar muitos anos para que os moradores possam vir a ter direito ao que é seu. No entanto, cumprimos mais uma etapa de nosso trabalho”, afirmou Santos. Um dos moradores do local, o operador da Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), Renato Correia Rodrigues, destaca que está muito feliz com o repasse. “Moro ali há 22 anos, com a minha esposa e três filhos e, agora, finalmente o local é nosso de fato. É quase como ganhar uma loteria”, celebrou.
Por fim, o chefe do Executivo ainda destacou que a região beneficiada na atualidade é ocupada, desde a década de 70, por funcionários da estatal gaúcha. “Essas pessoas moram lá há muitos anos e mereciam isso. Parabenizamos as famílias e agradecemos a cooperação da SPU”, encerrou.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br