14/10/2016

Moradores perderam a expectativa de ver obra da RSC-473 concretizada

Mais de quatro anos após o anúncio do começo da obra de asfaltamento da RSC - 473, que liga Bagé ao município de Lavras do Sul, a obra ainda não foi concretizada. A ordem de serviço, que autorizou o início dos trabalhos, foi assinada em 10 de agosto de 2012 e um mês depois a construtora Sultepa deu início às primeiras ações. De lá pra cá, após inúmeros ônibus, tratores, caminhões e carros atolarem, os moradores perderam a esperança de ver essa via, algum dia, pavimentada.

O cabanheiro Roberto Ferraz Duarte transita pela RSC-473 há 13 anos e não acredita na possibilidade da obra ser finalizada algum dia. "Agora dá até para andar porque deram manutenção, mas já vi muito veículo atolado por aí. Acho que essa obra nunca vai acabar", afirma. Ele conta que, há alguns meses, a via foi patrolada e as condições melhoraram bastante. "Eles jogaram terra e depois passaram as máquinas. Se não finalizarem a obra, pelo menos que mantenham assim, tá boa para trafegar agora", destaca.

Em abril deste ano, a FOLHA relatou, mais uma vez, sobre as péssimas condições de trafegabilidade após o cancelamento da linha Bagé x Lavras por parte da empresa de transporte São João. O próprio prefeito da cidade, Alfredo Borges, disse não ter nenhuma perspectiva da retomada, que foi cancelada por "problemas orçamentários" alegados pelo governo do Estado. A previsão de conclusão da obra venceu há dois anos. "Eu perdi as esperanças. Não vejo uma real intenção (por parte do governo)", destacou o prefeito à reportagem em julho deste ano.

A vendedora Maria Elizabete Teixeira visita familiares em Lavras frequentemente. "Já morei lá e hoje só vou fazer visitas. Eu gosto de lá, do clima da cidade, mas passar pela polvadeira ou pelo atoleiro é complicado", destaca. Ela também elogiou a trafegabilidade atual, mas conta que nenhuma intervenção perdura. "Já precisei fazer manutenções no carro depois de pegar esse trecho, no protetor de cárter, geometria e essas coisas", observa. "É triste. Imagina quem tem de andar por aqui todo dia? Acho que essa obra nunca vai ser finalizada", acrescenta.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br/