A marcha teve início por volta das quatro da tarde com concentração no Obelisco do Parque Internacional, onde dezenas de pessoas já aguardavam para participar. O Coordenador do Movimento “Vem Pra Rua” Santanense, Alexandre Guerra aponta que o movimento é suprapartidário, mas sabe que muitos dos participantes têm posições políticas definidas, o que não impede o ingresso na passeata. “Sou cidadão, pago impostos e quero o retorno disso, é por isso que estamos nas ruas”, defende Guerra.
O movimento ganhou material gráfico específico de palavras de ordem contra a presidente Dilma Rousseff. Os cartazes elaborados pelo Movimento “Vem Pra
Rua” Nacional, apontam que Livramento “faz parte de uma rede maior”, explica o vereador Carlos Nilo do PP, que participou de todas as marchas dessa mobilização na cidade. ”Nos aliamos ao Vem pra Rua Nacional, que não é contra o Estado, nem municípios, mas é contra o Governo Federal que impôs uma política econômica fiscal dentro do Brasil nos últimos 16 anos que tá terminando com o nosso país... não adianta por a culpa no Estado e no município. Claro que precisamos de gestores sérios... com toda roubalheira que aparece, e como indignado devemos vir pra rua cobrar: transparência , seriedade, cobrar políticas públicas boas”, argumenta Nilo.
Mesmo assim, uma parcela dos manifestantes também estive na marcha em repúdio a política de Sartori no Rio Grande do Sul. O comerciário Marco Pires, já viu dois colegas perder o emprego pela retração nas vendas e atribui o parcelamento dos servidores públicos como uma das causas da retração no comércio local: “Estamos cansados da esmagação que o governo está fazendo em cima de nós trabalhadores e do Estado também. Muito imposto, pouco salário e também o parcelamento, que não é o meu caso, mas é o de muitos colegas”, diz o comerciário.
Já o servidor público estadual, Charles Benhur Lopes, foi às ruas dizer que o movimento deste domingo é muito mais amplo, mas que na próxima terça-feira, dia 18, também vai protestar na grande marcha dos servidores públicos estaduais que vai ser realizado na capital. ”Esse movimento se refere ao futuro do nosso país, ao futuro dos nossos filhos... esse país está sendo administrado através de falácias e isso não dá resultados”, aponta Lopes. Mesmo sendo a pauta nacional, o servidor ainda trouxe questões relacionadas à cidade: ”Se tu for na (Vila) Simón Bolívar, tu não vai ver quem saiu da miséria? Eu às vezes passo por lá e não vejo isso”.
A caminhada desceu a Andradas, contornou a Praça General Osório e em frente à Prefeitura foi entoado o Hino Nacional. Em Sant’Ana do Livramento a marcha foi pacífica e teve o acompanhamento da Brigada Militar, que estimou um público de 200 pessoas na caminhada.
Fonte: http://www.aplateia.com.br