O Cpers/Sindicato ingressou com medida judicial contra o parcelamento dos salários dos professores da rede estadual de ensino. É preciso lembrar que o governo do Estado parcelou os salários dos servidores: o anúncio ocorreu no dia 31 de julho, quando a primeira parcela foi depositada; no dia 11, o restante do salário foi pago. A categoria recorre à Justiça justamente quando o governador José Ivo Sartori anuncia que o Estado está em crise. "Passamos do fundo do poço", disse, em entrevista ao jornal Zero Hora, para justificar a proposta de aumento de impostos.
O resultado do julgamento de mérito do mandado de segurança pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado não foi divulgado, pelo menos até o fechamento da edição. A presidente do Cpers/ Sindicato Bagé, Rosane Leite Mathucheski, manifestou-se em relação às falas do governador. "Entendo que ele continua brincando e fazendo piada com os servidores públicos", diz. Ela pondera que o governo não dialoga com o trabalhador. "Quando vem a público, é para ameaçar. Vamos mostrar que temos força e coragem. Um sindicalista, trabalhador e intelectual honesto, não navega a favor da popularidade", concluiu.
Diante de um novo parcelamento, os professores devem parar: serão três dias de mobilização. Após, voltam a debater a situação, em assembleia. Será o momento de deflagrar ou não uma greve por tempo indeterminado.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br