25/08/2015

Bagé - Data do início da obra da Escola Justino Quintana deve ser definida sexta-feira

Na próxima sexta-feira, uma reunião entre a Secretaria de Obras Públicas do Estado do Rio Grande do Sul (SOP-RS) e a empresa Sistema Engenharia Ltda. definirá a data do início da reforma do prédio da Escola Justino Quintana. A informação foi repassada pelo proprietário da empresa, Emílio Mansur. Para a definição da data, era necessária a entrega de dois projetos complementares, que foram pedidos pela pasta estadual após a quarta reanálise. O primeiro era o projeto estrutural (sondagem complementar, estrutura metálica e de fundações das passarelas), que foi encaminhado no dia 7 de agosto para a 13ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (13ª Crop) e recebido em Porto Alegre em 10 de agosto. O segundo se refere ao Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), que estava previsto para ser protocolado até o dia 14 de agosto, entretanto, foi enviado pela empresa no dia 21.

Segundo Mansur, com a entrega do SPDA na última sexta-feira, a etapa dos projetos está concluída. “Na reunião de sexta-feira, na qual definiremos a data para a obra iniciar, entregaremos a planilha orçamentária referente ao projeto executivo”, ressalta.

De acordo com a vice-diretora Cláudia Martins, em função do entrave da reforma, o número de estudantes reduziu na instituição. “A escola conta, atualmente, com pouco mais de mil alunos. Antes de o prédio ser interditado, tínhamos em torno de 1,5 mil. De manhã, utilizamos a Urcamp, à tarde, a Uergs e, à noite, a escola Bidart. Continuamos sempre no aguardo da obra”, completa. Até o fechamento da edição, a SOP-RS não havia se manifestado sobre a situação.

Histórico
Com o prazo de conclusão em 300 dias, a obra da Escola Justino Quintana teve autorização de início no dia 20 de dezembro de 2014, porém, até o momento, o trabalho não começou. O processo licitatório ocorreu em outubro, tendo como vencedora a empresa Sistema Engenharia Ltda. Nos dias posteriores, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) pediu uma revisão, com isso, o processo foi interrompido. A justificativa alegada foi o alto valor da licitação, orçado em R$ 7 milhões. Acontece que a obra da instituição foi uma das primeiras a adotar o Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDC), que permite que a empresa vencedora elabore o projeto e execute o trabalho.

Feita à revisão, o projeto foi novamente encaminhado à SOP, que exigiu alguns ajustes da empresa vencedora, no dia 20 de abril de 2015, dentro de um prazo de 10 dias. Naquela ocasião, a Sistema Engenharia afirmou ter entregado as adequações dentro do período estabelecido. Uma semana depois, o Plano de Prevenção contra Incêndio (PPCI) foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros.

No dia 12 de junho, em reunião com a Sistema, a SOP encaminhou o parecer da terceira análise do projeto, sendo que o termo de referência previa somente duas. Na terceira avaliação foi constatada a incompatibilidade entre o PPCI e o projeto arquitetônico. Por conta disso, ficou definido que a empresa deveria fazer as adequações no prazo de uma semana. Na oportunidade, o proprietário da Sistema, Emílio Mansur, havia garantido que os reajustes seriam entregues no dia 22 de junho.

O prazo de resposta estourou no dia 6 de julho e uma resposta só foi obtida quatro dias depois. Em reunião no dia 10 de julho, com o coordenador da 13ª Coordenadoria Regional de Educação (13ª CRE), Aristides Costa, a SOP informou que o projeto arquitetônico já foi definido e o PPCI aprovado. Já o projeto estrutural e de instalações elétricas e hidrossanitárias foram entregues no dia 21 de julho. Para o início da obra restavam o projeto estrutura, o SPDA e a planilha orçamentária do projeto executivo.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br