08/07/2015

Programa prevê redução salarial para evitar desemprego

A presidente Dilma Rousseff determinou a criação de um programa para preservar o emprego no país. O Programa de Proteção ao Emprego (PPE) prevê a redução em até 30% da jornada de trabalho, com diminuição proporcional do salário, em 15 %, em períodos de crise, por, no máximo, um ano.

A proposta foi resultado de negociação das centrais sindicais, indústria e o Planalto. A proposta é de complementar metade da redução da renda do trabalhador com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), totalizando ao empregado uma perda mínima de 15% do seu salário.

O coordenador da agência Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS)/Sine de Bagé, José Henrique Floriano, acredita que o programa será um meio de não haver tantas demissões. “O governo está criando um mecanismo que vai ajudar o empresário e o trabalhador. Isso faz parte de um plano econômico-financeiro”, salienta.

Floriano comenta que essa proposta não desampara nenhum dos lados. “A empresa segue contribuindo, e o trabalhador não fica desempregado. Acredito que essa medida vai se tornar viável com o passar do tempo”, enfatiza.

O assistente administrativo do Sine Bagé, Gabriel Porto Vasata, explica que as empresa terão que solicitar o cadastro no programa. “Em Bagé, as que mais têm funcionários são uma rede de supermercados e frigorífico. Se vai surtir um bom efeito não sabemos. Mas acho mais produtivo ficar com um salário menor do que sem salário nenhum”, completa.

Vasata conta que a agência de Bagé possui 23 mil pessoas cadastradas. “Isso não quer dizer que todos estão desempregados. Mas a grande maioria, certamente. Então, se o cenário é de recessão, acredito que essa medida vem para ajudar. Cabe ressaltar que a empresa que aderir a esse regime não pode dispensar o funcionário durante o período em que o programa estiver vigorando. O funcionário continua tendo os mesmos direitos, claro que proporcional ao que está sendo pago”, finaliza.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br