Na tarde de ontem, servidores da segurança pública realizaram a Marcha da Segurança Pública em Porto Alegre.
Para a mobilização, visando a melhores condições de trabalho, Bagé e região levaram três ônibus com mais de 150 servidores, aposentados e concursados que aguardam a chamada.
Os manifestantes também são contrários ao PL 206, que estabelece normas de finanças públicas, no âmbito do Estado, voltadas para a responsabilidade da gestão fiscal, o que limita gastos com pessoal.
O presidente do Ugeirm sindicato, Izaac Ortiz, destaca que a falta de segurança é lastimável. “O Estado está muito violento e o governo não reage, não tem proposta, age com violência contra os servidores, ameaça e faz terrorismo, queremos uma postura correta e mudança”, completa.
Os servidores saíram do Palácio da Polícia Civil e se juntaram aos demais funcionários da segurança pública na praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre.
O inspetor de polícia aposentado, Jorge Luiz Etcheverry, ressalta a preocupação com a disparidade salarial que pode acontecer. “Tudo que for contra a polícia eu irei apoiar, somos a segurança e há uma preocupação grande em perder o que já ganhamos”, acrescentou o policial, aposentado há seis anos.
Conforme o diretor da Ugeirm Sindicato da Polícia Civil, Luiz Henrique Lamadril, a intenção é que os investimentos garantidos por lei sejam aplicados. “Estamos preocupados com a falta de efetivo, os concursados aprovados devem ser chamados. Também nos preocupamos com a falta de compromisso do governo, que faz terrorismo com atraso de salário e não garante os direitos”, explica.
Lamadril salienta a importância da convocação imediata dos 650 aprovados no último concurso. “Estamos manifestando esse desmonte da segurança pública, em razão da redução de investimentos na área. O nosso objetivo é alertar o governo do Estado que a lei é para ser cumprida. Não admitimos o retrocesso neste setor importante para a comunidade”, finaliza.
Manifestação
A Brigada Militar também compareceu ao ato, com representação de mais de 50 policiais militares de Bagé e região. A Susepe, da mesma forma, disponibilizou um ônibus com servidores, pedindo o chamamento imediato dos classificados no último concurso.
Com palavras de ordem e muito “apitaço” os servidores da segurança pública do Estado pediram a presença do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, que, em nenhum momento, apareceu para dar alguma resposta à manifestação.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br