29/07/2015

Bagé - Relatório de emergência aponta R$ 10 milhões de prejuízo

A Prefeitura de Bagé encaminhou, ontem, para a Defesa Civil do Estado, um relatório da situação de emergência do município. O material é referente aos danos causados pela enchente do dia 19 de julho, que teve impacto de 140 milímetros de chuva.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Mílton César Leite, entre os principais prejuízos estão aqueles causados às residências próximas aos leitos dos arroios e das vias que sofreram abalos. “Já estamos recebendo da Secretaria Nacional da Defesa Civil, 50 kits para as famílias atingidas, que são formados por um colchão, um cobertor, uma cesta básica e material de higiene e limpeza”, afirma.

Segundo o coordenador, a situação trouxe prejuízos de R$ 10 milhões. “A enxurrada causou problemas econômicos em habitação, residências, comércio e em órgãos públicos, além das ruas, esgotos, estradas rurais e plantações. Agora, o próximo passo é cada secretaria fazer um plano de trabalho”, enfatiza.

Vale lembrar que o governo do Estado decretou situação de emergência coletiva para 26 municípios, entre eles Bagé e Hulha Negra. Dois dias depois, o Ministério de Integração Nacional reconheceu o caso e publicou o decreto no Diário Oficial da União. O relatório da cidade vizinha foi enviado na última sexta-feira.

Smau

Conforme o secretário de Atividades Urbanas (Smau), Paulinho Parera, foram anexados no processo reparos nas ruas pavimentadas. “Estamos priorizando as ruas por onde passa o transporte coletivo. Obras de drenagem no bairro Carlos Gomes e Ivo Ferronato também estão nas prioridades”, relata.

Na rua Flores da Cunha, parte de uma calçada cedeu. A área se encontra isolada, com trânsito interrompido em um dos lados da via, na quadra entre Emílio Guilain e Marcílio Dias. Uma equipe de engenheiros da pasta está analisando para constatar qual a intervenção correta para o problema. Até o final da semana o parecer deverá ser finalizado.

Essa também é a situação de uma área localizada logo após a chamada curva da morte, na avenida Portugal. Parte do terreno ao lado de uma residência cedeu. A intervenção ainda é estudada. Na segunda-feira, um grupo de profissionais atuava no local. O laudo também deve ser finalizado nos próximos dias a fim de apontar uma solução.

SMDR

Dados do relatório da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SMDR) sinalizam que os danos materiais causados com as enchentes estão inviabilizando a trafegabilidade de veículos e o escoamento da produção agrícola e pecuária do município. Os estragos trouxeram prejuízos em aproximadamente, 800 quilômetros das estradas vicinais e corredores, que são: Igrejinha (22 km), Serrilhada (44 km), Caneleira (10 km), Coxilha do Haedo (10 km), Recreio (9 km), Arvorezinha (20 km), Bolsa (15 km), Capela (8 km), Capão Alto (15km), Toca (10 km), Lixiguana (5 km), Collares (8 km), Olhos d'Água (40 km), Apenado (6 km), Pedra Grande (10 km), Quebracho (7 km), Passo do Peres (10 km), Butica (5 km), Cerro de Bagé (4 km), Alexandrina (6 km), Tata (10 km) e Corredor dos Vieiras - TNT (9 km).

Desde o início da semana passada, a pasta conta com quatro equipes trabalhando nas estradas de Joca Tavares, na Serrilhada, na Igrejinha e no Passo do Peres. São efetuados serviços de drenagem, patrolamento e reparos nos bueiros. A previsão é de que a ação seja concluída até o dia 15 de agosto.

Prociba

O Programa Cidadão Bageense (Prociba) trabalha desde o dia 19 na assistência social para as famílias abaladas com a enchente. A secretária Executiva da pasta, Cristiane Rodrigues, ressalta que 600 famílias receberam atendimentos. “Dessas, 102 foram diretamente. Doamos colchões, kits de alimentos, roupas e materiais de limpeza. 

Todos estão alojados, inclusive já estão voltando para suas residências. Mesmo assim, o Prociba segue realizando monitoramento para essas famílias”, pondera.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br