Prédio vai cortar vínculo de apenados dos regimes fechado e semiaberto
O Instituto Penal de Bagé foi inaugurado na tarde de ontem. O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Airton Michels, o superintendente dos Serviços Penitenciários, Gelson Treiesleben, o delegado da 6ª Região Penitenciária do Estado, Nelson Rahmeier e o diretor do Presídio Regional de Bagé (PRB), Márcio Morales estavam presentes no evento. A obra recebeu o investimento de R$ 950 mil e tem estrutura para abrigar 108 apenados. O local poderá ter uma direção independente da que já existe no PRB.
O novo prédio tem o objetivo de abrigar os presidiários do regime semiaberto e, conforme o secretário, permitirá que as penas sejam cumpridas de maneira apropriada. A respeito da locação dos detentos, Michels explica que será necessário aguardar um posicionamento do judiciário.
Sobre a segurança na cidade, o secretário ressaltou os baixos índices de criminalidade. "Os números são reduzidos em relação à população", relata. Além disso, destaca que as cidades com crescimento industrial apresentam um aumento intenso de criminalidade. "Bagé tem um perfil diferente. Por ser uma região voltada para a agricultura, pecuária e com perfil universitário, os índices são reduzidos", avalia.
Durante o evento, o superintendente ressaltou a importância dos detentos "cumprirem a pena em locais adequados". O delegado da 6ª região, que já atuou como diretor do PRB, abordou também a necessidade da criação destas vagas na cidade.
Morales afirma que existe a possibilidade das tornozeleiras eletrônicas serem implantadas em Bagé. A ferramenta seria utilizada pelos 105 detentos do regime aberto. Para o espaço inaugurado, é provável que os 55 apenados que trabalham sejam realocados e os outros 35, que não apresentaram carta de emprego, continuem utilizando o PRB. "Esta seria uma motivação para eles começarem a trabalhar", diz o diretor.
O benefício imediato que a inauguração traz, segundo ele, é o corte do vínculo entre detentos dos regimes fechado e semi-aberto. Parte do material que entra hoje no presídio é através de quem passa o dia fora. "Sabemos que alguns deles chegam a ser ameaçados e acabam sendo pegos levando celular para dentro da cadeia", revela o diretor. Futuramente, a ideia é também reservar três alojamentos separados para mulheres em regime aberto, semi e fechado. Hoje, o total é de 26 apenadas.
Fonte: http://www.jornalminuano.com.br