05/09/2014

Santana do Livramento - Três alunas fazem a diferença na escola do assentamento Antônio Conselheiro

Elas fizeram o projeto, desenvolveram o croqui de Ruas e com a ajuda da comunidade deram nomes, só falta virar Lei

Crédito: ELIS REGINA/AP

O projeto nasceu de um desafio simples: fazer algo pela comunidade que surtisse diferença na vida de todos. Ana Cláudia de Lucca, 16 anos; Jaíne Santos Almeida, 16 anos e Vitória Toledo Cras de 15 anos aceitaram o desafio. Juntamente com a professora e orientadora Marelisse Prestes Fava as alunas que mal tinham iniciado o ensino médio politécnico saíram da sala de aula e resolveram agir.
As alunas definiram a maior dificuldade da comunidade assentada e perceberam que era a falta de identificação de ruas e localidades, “não temos nomes, estradas e sequer pontos de referência”, disseram. Com a ajuda da escola, diretora e demais colegas, elas empreitaram uma luta de mais de um ano e junto com órgãos federais elas delimitaram ruas, bairros, propriedades e demais localidades, depois de aprovados os projetos em Assembléias, elas fizeram uma grande reunião com todos os assentados e, juntos, escolheram nomes para todas as ruas. Depois, levaram o projeto para Câmara de Vereadores e agora ele só depende de aprovação, “está tudo pronto”, disse Ana de Lucca, “o trabalho maior foi feito”. As alunas já foram premiadas em grandes feiras, como o MEP, tirando o 2° lugar e na FECITP com o 1° lugar. Agora, o projeto foi classificado para concorrer na MOSTRATEC e a expectativa é grande. A comunidade de Bom Será espera ter uma nova vida, foi o que disseram as alunas também na homenagem realizada na tarde de ontem no auditório da 19ª CRE. A Coordenadora, Meire Torres, emocionada com o resultado disse: “o rigor técnico que essas meninas passaram foi muito alto, eles estão de parabéns pelo trabalho e ficamos ainda mais felizes por ser fruto do nosso primeiro ensino médio em assentamentos. É de fato, uma grande conquista”. Ao todo serão beneficiados cerca de dez assentamentos, tudo fruto de um trabalho iniciado em março de 2013. Além do projeto, as alunas desenvolveram idéias de agricultura familiar, horta dentro da escola e outros. O projeto tomou uma dimensão ainda maior quando este ano participa da Expointer 2014 como painel sendo exposto na maior feira do estado. A ansiedade das jovens estudantes está guardada para Novo Hamburgo onde concorrerá a prêmios numa nova exposição de trabalhos de escolas politécnicas.

Fonte http://www.aplateia.com.br/