CTG em Sant'Ana do Livramento
Estrutura não foi danificada Visão aérea do préido da entidade
O Centro de Tradições Gaúchas Sentinela do Planalto, em Sant’Ana do Livramento, foi incendiado na madrugada de ontem. A entidade deve sediar um casamento coletivo: entre os casais que participam da cerimônia, está um formado por duas mulheres - Solange Ramires, 24 anos, e Sabriny Benites, 26 anos. Suspeita-se que o crime tenha sido motivado justamente porque o CTG deve ser palco do casamento homossexual. A patronagem da entidade já havia recebido ameaças. Caso a decisão de ser palco do casamento não fosse revogada, um incêndio seria iminente.
O fogo não danificou a estrutura, e a patronagem da entidade anunciou que o casamento deve acontecer amanhã. O caso ainda está sob investigação. Vale lembrar que não havia ninguém no local. O esforço, agora, é por realizar os reparos necessários na estrutura. O coordenador da 18ª região tradicionalista, Gilberto Silveira, falou sobre o ocorrido. Ele diz que, como tradicionalista e cidadão, repudia a ação criminosa e que o movimento não incentiva uma prática como essa, e que isso independe da motivação.
"Isso foi um ato criminoso", destacou, ao ponderar que o movimento não aceita que o tradicionalismo seja utilizado como desculpa para uma ação totalmente ilegal. "O que aconteceu nos entristece", diz. Sobre o casamento gay ele preferiu não se manifestar. Ponderou que o Movimento Tradicionalista Gaúcho já se manifestou sobre o caso e que, dessa forma, apenas fala sobre o que considera como lamentável, ou seja, o incêndio criminoso. O MTG havia anunciado que não considera um CTG o local adequado para a realização de um casamento.
Casamento coletivo
O casamento coletivo foi proposto pela diretora do Fórum de Sant’Ana do Livramento, juíza Carine Labres. A ideia era celebrar as uniões logo no início da Semana Farroupilha. A patronagem do CTG Sentinela do Planalto ofereceu o local e, quando o anúncio ocorreu, os integrantes passaram a receber ameaças anônimas por telefone exigindo o cancelamento da cerimônia. Isso em decorrência da confirmação da participação de casais homossexuais.
O casamento coletivo foi proposto pela diretora do Fórum de Sant’Ana do Livramento, juíza Carine Labres. A ideia era celebrar as uniões logo no início da Semana Farroupilha. A patronagem do CTG Sentinela do Planalto ofereceu o local e, quando o anúncio ocorreu, os integrantes passaram a receber ameaças anônimas por telefone exigindo o cancelamento da cerimônia. Isso em decorrência da confirmação da participação de casais homossexuais.
Fonte http://www.jornalfolhadosul.com.br/