Reunidos sob a chuva fina que insistiu em cair durante o sábado, representantes de 70 entidades tradicionalistas da região aguardaram a chegada da Chama Crioula.
Após viagem de mais de 200 quilômetros, a chama acendeu a tradicional pira, no Parque do Gaúcho, e dali foi dividida entre os centros tradicionalistas e piquetes de Bagé e região.
A primeira centelha da chama foi acesa no início de agosto em Cruz Alta. Na região da Campanha, Dom Pedrito, foi o município escolhido para sediar o centro de distribuição da chama. Foi de lá que o grupo da Associação de Cavaleiros e Cavaleiras Rainha da Fronteira trouxe a chama distribuída no sábado.
Mirabeau Borba dos Santos, coordenador da cavalgada, conta que foram sete dias de viagem. No percurso de 213 quilômetros de ida e volta, enfrentaram calor, chuva e frio. Mas nem assim a vontade de manter a tradição esmoreceu. "Faz parte da lida. Não tivemos grandes sobressaltos. Só o tempo que nos judiou um pouco", comentou.
Santos também comentou sobre a força que esta tradição tem. Segundo ele, na saída do grupo de Bagé, eram 19 cavaleiros. Durante o percurso, mais alguns se juntaram ao grupo. Quando chegaram a Bagé, eram 24, contando entre homens, mulheres e até algumas crianças, incentivadas pelos pais a cultivar a cultura gaúcha desde cedo.
Na chegada, os cavaleiros foram recebidos com a bênção do diácono da Capela São José, Horácil Dutra (Pai João). Em seguida, representantes de todas as entidades tradicionalistas da região enfileiraram-se para garantir a sua própria centelha da Chama Crioula.
Fonte http://www.jornalminuano.com.br/