12/09/2014

Candiota revive a proclamação da República Rio-Grandense

Ao entardecer deste 11 de setembro,

Após 420 quilômetros, cavalarianos chegam com a chama

Crédito: ANTÔNIO ROCHA
...Candiota celebrou os 178 anos da proclamação da República Rio-Grandense, no local onde aconteceu a Batalha do Seival. O espaço, todo decorado como se tivesse retornado a 1836, com direito a fogo de chão e barracas simples. A chegada dos 14 cavalarianos que foram até Cruz Alta buscar uma centelha da chama crioula marcou o início da celebração. Eles foram recebidos com a leitura do documento escrito naquele 11 de setembro 1836. Na sequência, os tradicionalistas receberam homenagens e ficaram acampados no local até hoje de manhã, quando seguirão até o Centro de Eventos de Seival, onde distribuirão a chama para as entidades tradicionalistas da cidade e será aberta a Semana Farroupilha no município.
A organização do evento foi uma ação da Secretaria de Cultura. Conforme a responsável, Júlia Azambuja, esta foi uma forma encontrada para valorizar a Associação de Cavalarianos de Candiota: "Todos os anos o CTG Batalha do Seival vem até o marco recepcionar os tradicionalistas. Neste ano, resolvemos participar também, promovendo um churrasco, homenagens com moda de viola e gaita, em nome desta integração entre as entidades e o município", conta.
O capataz do CTG Batalha do Seival, Nelci Lima, destaca que ali é um ponto histórico e que os tradicionalistas fazem questão de retornar todos os anos, para não deixar esquecer esta história da qual Candiota faz parte.
Já o presidente da Associação dos Cavalarianos, Anilvo Prestes Júnior, foi com a família inteira buscar a centelha. Inclusive a filha de apenas sete meses, que veio todo o caminho em cima de um cavalo. Ontem, a associação comemorava os 24 anos de busca da chama crioula, mas Prestes desabafou que foi uma das viagens mais sacrificantes: "Foram 420 quilômetros sob muita chuva e frio. Foi um percurso onde rimos e também choramos juntos, pois parecia que não iríamos conseguir. Mas estamos aqui e felizes, principalmente porque conseguimos que famílias inteiras estivessem juntas em nome do amor à tradição", desabafou. Segundo ele, todos ajudaram a cuidar do bebê. Prestes considera o mais interessante é que a cavalgada uniu quatro municípios, já que havia um cavalariano de Bagé, um de Hulha Negra e o principal patrocinador era um portoalegrense, que veio com batedor do grupo, o qual já trabalhou em Candiota e por isso tem esta ligação com a cidade. E o grupo já está iniciando a organização para o próximo ano ir buscar a chama no Chuí.

Fonte http://www.jornalminuano.com.br/