Continuidade será definida amanhã em assembleia
Os municipários completam amanhã 100 dias de greve. É para esse dia histórico que está prevista a assembleia para apreciação da proposta apresentada pelo Executivo na semana passada. O encontro deveria ter ocorrido ontem pela manhã, mas a categoria decidiu suspender a aprovação ou não. Entretanto, estava prevista para ontem à noite, uma reunião entre o prefeito Dudu Colombo e os vereadores da base do governo. De acordo com o movimento de greve dos municipários, os legisladores deverão negociar com o prefeito o abono das faltas referentes aos dias de greve. Na proposta apresentada por Colombo, a administração afirma que os dias serão descontados, ainda que em dez parcelas.
Proposta
Na noite de sexta-feira, o município divulgou a proposta apresentada para o Sindicato dos Municipários de Bagé, Sindicato dos Professores e Funcionários de Estabelecimentos de Educação Municipal de Bagé e comando de greve: consta que os dias não trabalhados serão descontados em dez parcelas, como já havia sido proposto; também prevê a extinção do piso municipal e a alteração dos valores salariais por níveis, ficando, se aprovado pelos grevistas para o nível um, R$ 745,72; nível dois, R$ 832; nível três, R$ 905; nível quatro, R$ 1.221,75; e nível cinco, R$ 2.112,53. “Para isso, será necessário respeitar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, quando houver índice para aplicabilidade e em quatro parcelas anuais”, de acordo com a procuradora do município, Liliane Moreira.
Também é apresentado o compromisso de formatar um projeto de lei por meio de trabalho em conjunto com os sindicatos, em um prazo de 60 dias. Na proposta consta, ainda, a transposição dos celetistas para o regimento de salários, conforme determinação legal, e a fixação de valores nominais aos vencimentos e vantagens.
Descontos
Durante o encontro dos servidores, ontem, a questão mais debatida foi o desconto dos dias não trabalhados. O jurídico dos dois sindicatos envolvidos na greve, Paulo Ferraz, apresentou os itens e ponderou que até a semana passada, o governo estava irredutível. “Tínhamos zero. Ocorreu uma reversão do quadro com a apresentação desse pré-projeto”, comentou. O integrante do comando de greve, o servidor Rubilar Barbosa, explicou aos colegas que ocorreu uma reunião entre ele e os vereadores Caio Ferreira, Rafael Fuca e Lelinho Lopes e que, nesse encontro com duração de quatro horas foi firmado um compromisso, pelos legisladores, de conversar com o prefeito em busca do abono das faltas.
Os sindicatos não participaram do encontro, e Barbosa justificou tal decisão. “Não chamamos os sindicatos porque era uma discussão política e sindicatos são apolíticos”, disse. Amanhã teria sido o prazo solicitado pelos vereadores para conversar com o Executivo. Barbosa sugeriu que a categoria confiasse na atuação dos legisladores. Ele ponderou que essa foi a primeira vez que os vereadores da situação buscaram os grevistas para uma negociação. Barbosa pontua que os grevistas devem insistir na luta pelo pagamento dos seus salários. Lembrou que muitos estão passando necessidade em decorrência do não pagamento dos vencimentos. Diz que voltar ao trabalho sem esses salários seria o mesmo, para o servidor, do que voltar derrotado.
“Nós estaríamos pagando para trabalhar e não veríamos o reajuste dos salários. Estaríamos beneficiando aqueles que não enfrentaram frio nessa mobilização e não passaram necessidade. Colegas que debocharam de nós”, argumenta. Contudo, tal questão, admite o integrante do comando de greve, é um impasse político. O também integrante do movimento grevista, o funcionário municipal, Carim Saliba, comentou que até agora foram apresentados “somente parâmetros do projeto e não um projeto”. Além disso, considera a última proposta inferior a proposta anterior, quando Colombo pediu um prazo de 30 dias para apresentar a proposta de projeto de lei. “Agora pediu 60 dias”, enfatiza.
Sindicato
A presidente do Simba, Mariley Corrêa, destaca que a luta pelo abono das faltas foi bandeira dos sindicalistas desde o primeiro dia de greve. “Sempre, em uma negociação, faltas são abonadas, mas agora o governo está irredutível”, salienta. Ela também deixou claro que a categoria é quem decidirá o rumo da greve. O presidente do Sinprofem, Loi Vaz Lacerda, manifestou aos colegas que uma resposta negativa a proposta pode ter consequências: “pode haver um retrocesso e a responsabilidade é nossa, como Sindicato, e da categoria”. Ferraz apresentou, nesse momento, a possibilidade de suspender a assembleia para assegurar a validade da proposta do Executivo, com alteração salarial por níveis, até amanhã. “Mas na quarta-feira, temos que dizer um sim ou não. Precisamos ter uma decisão definitiva para responder”, alega. Barbosa encerrou ao lembrar que a greve dos municipários de Bagé entrou para a história do país.
Proposta
Na noite de sexta-feira, o município divulgou a proposta apresentada para o Sindicato dos Municipários de Bagé, Sindicato dos Professores e Funcionários de Estabelecimentos de Educação Municipal de Bagé e comando de greve: consta que os dias não trabalhados serão descontados em dez parcelas, como já havia sido proposto; também prevê a extinção do piso municipal e a alteração dos valores salariais por níveis, ficando, se aprovado pelos grevistas para o nível um, R$ 745,72; nível dois, R$ 832; nível três, R$ 905; nível quatro, R$ 1.221,75; e nível cinco, R$ 2.112,53. “Para isso, será necessário respeitar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, quando houver índice para aplicabilidade e em quatro parcelas anuais”, de acordo com a procuradora do município, Liliane Moreira.
Também é apresentado o compromisso de formatar um projeto de lei por meio de trabalho em conjunto com os sindicatos, em um prazo de 60 dias. Na proposta consta, ainda, a transposição dos celetistas para o regimento de salários, conforme determinação legal, e a fixação de valores nominais aos vencimentos e vantagens.
Descontos
Durante o encontro dos servidores, ontem, a questão mais debatida foi o desconto dos dias não trabalhados. O jurídico dos dois sindicatos envolvidos na greve, Paulo Ferraz, apresentou os itens e ponderou que até a semana passada, o governo estava irredutível. “Tínhamos zero. Ocorreu uma reversão do quadro com a apresentação desse pré-projeto”, comentou. O integrante do comando de greve, o servidor Rubilar Barbosa, explicou aos colegas que ocorreu uma reunião entre ele e os vereadores Caio Ferreira, Rafael Fuca e Lelinho Lopes e que, nesse encontro com duração de quatro horas foi firmado um compromisso, pelos legisladores, de conversar com o prefeito em busca do abono das faltas.
Os sindicatos não participaram do encontro, e Barbosa justificou tal decisão. “Não chamamos os sindicatos porque era uma discussão política e sindicatos são apolíticos”, disse. Amanhã teria sido o prazo solicitado pelos vereadores para conversar com o Executivo. Barbosa sugeriu que a categoria confiasse na atuação dos legisladores. Ele ponderou que essa foi a primeira vez que os vereadores da situação buscaram os grevistas para uma negociação. Barbosa pontua que os grevistas devem insistir na luta pelo pagamento dos seus salários. Lembrou que muitos estão passando necessidade em decorrência do não pagamento dos vencimentos. Diz que voltar ao trabalho sem esses salários seria o mesmo, para o servidor, do que voltar derrotado.
“Nós estaríamos pagando para trabalhar e não veríamos o reajuste dos salários. Estaríamos beneficiando aqueles que não enfrentaram frio nessa mobilização e não passaram necessidade. Colegas que debocharam de nós”, argumenta. Contudo, tal questão, admite o integrante do comando de greve, é um impasse político. O também integrante do movimento grevista, o funcionário municipal, Carim Saliba, comentou que até agora foram apresentados “somente parâmetros do projeto e não um projeto”. Além disso, considera a última proposta inferior a proposta anterior, quando Colombo pediu um prazo de 30 dias para apresentar a proposta de projeto de lei. “Agora pediu 60 dias”, enfatiza.
Sindicato
A presidente do Simba, Mariley Corrêa, destaca que a luta pelo abono das faltas foi bandeira dos sindicalistas desde o primeiro dia de greve. “Sempre, em uma negociação, faltas são abonadas, mas agora o governo está irredutível”, salienta. Ela também deixou claro que a categoria é quem decidirá o rumo da greve. O presidente do Sinprofem, Loi Vaz Lacerda, manifestou aos colegas que uma resposta negativa a proposta pode ter consequências: “pode haver um retrocesso e a responsabilidade é nossa, como Sindicato, e da categoria”. Ferraz apresentou, nesse momento, a possibilidade de suspender a assembleia para assegurar a validade da proposta do Executivo, com alteração salarial por níveis, até amanhã. “Mas na quarta-feira, temos que dizer um sim ou não. Precisamos ter uma decisão definitiva para responder”, alega. Barbosa encerrou ao lembrar que a greve dos municipários de Bagé entrou para a história do país.
Fonte: Jornal Folha do Sul Gaúcho