Conheça a trajetória do coronel Aires Prado, atual diretor do Aeroclube
Metodologia e liberdade marcam o estilo de comandarCrédito: FRANCISCO DE ASSIS
Bastam alguns minutos de conversa com o coronel Aires Prado, de 52 anos, quase 35 deles no Exército, para que se conheça um militar tranquilo e com bastante experiência. Sua forma de liderar, tanto quando foi Chefe do Estado Maior (entre 2010 e 2012) quanto agora como diretor do Aeroclube, é marcada pela liberdade e pela metodologia, que ele considera essencial para aprender e resolver problemas.
Natural de Limeira, em São Paulo, é para lá que ele vai para comer a comida preferida: o arroz e feijão com ovo da mãe. É lá também que moram os dois filhos, Ludmila, de 25 anos, e Ranieri, de 23.
Foi o nascimento da primeira filha que deixou Bagé marcada no coração do militar, que já serve aqui pela terceira vez. A paixão pela profissão é tanta que Aires Prado já poderia estar reformado desde 2010, mas optou por continuar. "Agora sim acho que já está chegando a minha hora de parar. O corpo já não é mais o mesmo e precisamos nos retirar para dar espaço a esta nova geração", refletiu.
A ligação com Bagé começou antes mesmo de entrar no Exército, ele conta. Isso porque, apaixonado por História e Geografia, ele sempre ouvia o nome da cidade na narração de diversas batalhas que aconteceram na região.
É por isso que, quando se reformar, ele pretende abrir uma empresa de apoio agrícola, para dar todo o suporte a pequenos produtores. Este é o projeto de um futuro próximo na cidade.
Outra paixão além da carreira militar e do Exército é a aviação. Quando ingressou na carreira militar, ele chegou a cogitar a hipótese da Aeronáutica. Porém um problema de visão que poderia levá-lo ao desligamento da Força o fez optar pelo Exército.
Quando serviu em São Paulo, passou a trabalhar próximo a um aeroclube, o que fez renascer o interesse pela aviação. Como tinha tempo livre à noite, começou a frequentar o local fazendo todos os cursos disponíveis, tornando-se piloto, chegando a trabalhar em uma empresa de recuperação de carros roubados.
Porém foi servir em área indígena e se afastou da aviação, até retornar a Bagé, em 2009, onde procurou o aeroclube, entidade da qual é presidente até outubro deste ano.
Sobre a saudade que sente dos filhos, ele diz que a própria carreira militar ensina a lidar com este sentimento. "Eles vêm me visitar", conta.
A comida preferida, além da especialidade da mãe, é o churrasco tradicional gaúcho. Bebida, vinho e água. Nas horas vagas em casa, ele gosta de ver programas jornalísticos na televisão.