Ainda embrionário, projeto pode investir R$ 400 milhões na região
O interesse de um multinacional nas plantações de acácia da região pode significar novas possibilidades para os produtores que apostaram no plantio comercial da espécie exótica. Uma pesquisa de mercado está em andamento no município de Pinheiro Machado, mas pode beneficiar toda a Campanha.
O projeto ainda está em fase de prospecção e é considerado embrionário pela Associação Gaúcha de Acacicultores, mas duas visitas já foram realizadas às propriedades pinheirenses. O investimento pode chegar a R$ 400 milhões. O nome do grupo multinacional está sendo preservado até que os detalhes sejam acertados. A ideia é produzir energia renovável oriunda da madeira e utilizar o material local.
A área plantada de acácias no Estado hoje é de 180 mil hectares. Na região, entre as cidades de Bagé, Pinheiro Machado, Caçapava do Sul e Dom Pedrito, este número é de 15 a 20 mil hectares, plantação que vem se mantendo sem acréscimo.
Exportação cara
No ano passado, um anúncio chamou a atenção pela oportunidade de bons negócios, tratava-se do interesse explícito de europeus pela produção de acácias em Bagé e cidades vizinhas, com a possibilidade de investimento de até 300 milhões de dólares em 10 anos.
Porém, o interesse anunciado anteriormente não se confirmou. O negócio não se concretizou devido aos custos da operação de exportação, que impossibilitou a parceria, com empresários alemães.
Conforme o presidente da Associação Gaúcha de Acacicultores, João Marques Borba, o interesse avançou, acontecendo, inclusive, visita de alemães à região para verificar a produção e tratar do negócio. Os germânicos exportariam para a Europa a partir de Bagé, Candiota, Aceguá e Dom Pedrito. Mas, em 2014, nada mais avançou. "Está parado e não tenho nenhuma novidade. Agora a produção está mais voltada ao consumo interno", comentou, referindo-se à utilização do produto por lenheiras, engenhos e olarias.