04/04/2014

Técnicos administrativos definem serviços mantidos na Unipampa durante greve

Os técnicos administrativos da Universidade Federal do Pampa, em greve desde a última segunda-feira, definiram quais os serviços que consideram essenciais e que, por isso, serão mantidos durante a paralisação. Conforme o conselheiro fiscal do Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da Unipampa, Clever Leitzke, os trabalhadores realizarão atividades como agendamento de férias, comunicações e exercícios.
Contratos de novos servidores, desde que já nomeados, também serão feitos. Está garantido, ainda, o pagamento dos alunos bolsistas e todos aqueles procedimentos relacionados a concursos e processos seletivos, desde que já publicados editais ou homologadas inscrições, assim como aqueles para as colações de grau. Tudo para que o aluno não seja prejudicado. A atuação será em regime de plantão.
A adesão dos servidores alocados no campus, localizado no bairro Malafaia, conforme Leitzke é de 70%, enquanto na reitoria cerca de 50% estão parados. A Unipampa conta com 670 técnicos administrativos: só em Bagé, são 266 na reitoria e 54 no campus. O sindicalista garante que a adesão aumenta a cada dia de mobilização. De acordo com Leitzke, estão entre as reivindicações dos servidores de Bagé a implantação de 30 horas semanais com turno único de 12h e revezamento de equipes, assim como “construção do plano de qualificação e instalação da Comissão Interna de Supervisão da Carreira”.
Na pauta geral dos servidores federais, que também é defendida, está a definição da data-base em 1º de maio; negociação coletiva e liberação para o exercício do mandato classista;  política permanente com reposição inflacionária; valorização do salário base e  incorporação das gratificações. É pauta específica dos Técnicos Administrativos em Educação, o aprimoramento da carreira, sobretudo do piso da categoria e o cumprimento integral do acordo da greve de 2012. Lutam pelo que definem como democratização da universidade: a garantia de representação paritária nos órgãos colegiados e na eleição para dirigentes, pelo reposicionamento dos aposentados, assim como pelo reconhecimento dos cursos de mestrados e doutorados feitos fora do país.