03/04/2014

Eletricitários grevistas deverão avaliar nova proposta da CEEE hoje

Servidores mantêm apenas 30% dos serviços
Servidores mantêm apenas 30% dos serviços
Crédito: Tiago Rolim de Moura
A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) solicitou ao Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul a manutenção de 50% do efetivo que atua no setor administrativo e, pelo menos, 75% do contingente operacional. Os índices foram recusados, conforme destacou o diretor estadual do Sinergisul, Ubiratan Almeida Noble. Ele pondera que é direito dos grevistas manter apenas 30% dos serviços, que são aqueles considerados essenciais: emergências como o atendimento a hospitais, delegacias, presídio e Departamento de Água e Esgotos.
A greve da categoria foi deflagrada na última segunda-feira. Está prevista para, hoje, uma nova reunião com representantes da CEEE. A expectativa é pela apresentação de uma nova proposta aos trabalhadores. O encontro acontece, em Porto Alegre, às 14h30min. Na última proposta apresentada pela empresa, constava índice de reajuste salarial referente à inflação, ou seja, 5,38% - em duas parcelas. Os trabalhadores pedem 12%. A CEEE também ofereceu reajustes no auxílio alimentação e saúde: 5,62% e 7,27%, respectivamente. Os servidores querem que o vale alimentação passe de R$ 800 para R$ 1, 2 mil; reivindicam, também, que a participação da CEEE no auxílio saúde seja de R$ 600 – hoje é de R$ 275.
Bagé conta com mais de 100 eletricitários – na região são mais de 150 profissionais. A regional de Bagé abrange também os municípios de Dom Pedrito, Candiota, Lavras do Sul e Pinheiro Machado. A reportagem contatou o gerente regional da CEEE em Bagé, Nilson Pinheiro da Costa, por e-mail e telefone, para questionar quais os principais serviços afetados na região em decorrência da greve dos servidores. A recomendação foi de que as informações fossem buscadas junto a central da CEEE, localizada em Porto Alegre. A FOLHA do SUL contatou a comunicação, por e-mail, mas até o fechamento da edição não obteve retorno.

Reivindicações
Está na pauta da categoria a revisão do Plano de Carreiras e Salários e da participação de resultados, o que não fora mencionado na última proposta da empresa. A data base da categoria é 1º de março. O índice de 12% de reajuste salarial é justificado, destaca Noble, por igualar os vencimentos ao setor elétrico nacional. Já a revisão do Plano de Carreiras e Salários é justificada, porque não ocorre desde 2006, tal qual o Plano de Participação nos Resultados. Os trabalhadores reivindicam, ainda, reajuste do auxílio creche. Quanto ao plano de saúde, o sindicalista pondera que 80% dos servidores do Estado tiveram aumento de 25% em gastos.

Adesão
Segundo o Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul, a adesão no interior do Rio Grande do Sul é de 50% e, na Capital, de até 60%. No pessoal de áreas operacionais, no entanto, aumentaria para 70%. O sindicato, contudo, assegura que 30% das equipes de manutenção estão disponíveis para situações que envolvam risco de vida ou necessidade de restabelecer o fornecimento em hospitais, unidades de segurança e presídios.