19/03/2014

Prefeito afirma que há interesses políticos em movimento grevista


Os municipários deflagraram greve após quatro dias úteis de paralisação. O prefeito Dudu Colombo, porém, garante que já atendeu às reivindicações da categoria: ele pondera que agiu conforme a lei. A fala faz referência ao reajuste do vale-refeição, que de R$ 7 por dia trabalhado passou para R$ 9. Um índice de aumento de 29%. “Muito acima da inflação, o que representa um ganho real”, alegou. Quanto ao salário, enfatiza que concedeu aquele índice que a lei permite: 5,54%. “Não existe possibilidade legal de conceder valor maior”, destacou.
Sobre o movimento grevista, Colombo é enfático ao afirmar que há interesses políticos envolvidos. Para o chefe do executivo, a luta por melhores salários motivou o início das manifestações, “mas cada vez mais é possível perceber os contornos políticos”. “Se transformou numa disputa política”, comentou. “Isso está evidente pelas manifestações na imprensa”, acrescentou. O prefeito diz acreditar que algumas lideranças do movimento grevista “abandonaram a pauta original”.
Colombo finalizou ao garantir que está aberto ao diálogo, se for procurado pelos servidores públicos para conversar, mas lembra que está “agindo dentro da lei”. “Estamos à disposição para o diálogo”, alegou. Afirmou, ainda, que todas as medidas administrativas necessárias para garantir o atendimento à população estão sendo tomadas. Hoje, a estratégia é o remanejamento interno de funcionários do quadro – ele negou que o município tenha recorrido a contratações.  Vale destacar, também, que o prefeito garante que foi assinada portaria que oficializa criação do grupo de trabalho para formulação do plano de carreira da categoria. Isso no dia 5 de março.
Sobre as manifestações públicas dos integrantes do movimento grevista - ontem os municipários em greve distribuíram panfletos para a população-, Colombo enfatizou que interesses políticos motivariam tais atos. Nesse panfleto à comunidade bageense, os municipários questionam a distribuição de funções gratificadas, "onde servidores são beneficiados com vantagem correspondente à função diferente e incompatível com a que exerce". O texto apresenta, também, a denúncia de que um procurador do município teria recebido aumento salarial de 500%; e fala sobre a existência de cargos em comissão irregulares, cujos servidores desempenhariam funções básicas, mas possuiriam vencimentos de níveis que necessitam de qualificação específica.