Mais de 30 pessoas realizaram, na tarde de ontem, uma passeata em protesto contra a suspensão dos atendimentos no Hospital Universitário (HU), anunciada no dia 7. O grupo saiu da Praça de Esporte e desceu pela avenida Sete de Setembro até a instituição de saúde.
O estudante do quarto semestre do curso de enfermagem da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), Oquemiler Senna, 24 anos, conta que buscou reunir acadêmicos, trabalhadores da saúde e a comunidade em geral para lutar contra o fechamento das portas do hospital. “Essa situação não está prejudicando apenas os empregados, mas toda a população. Enquanto faltam leitos na Santa Casa, sobram no Hospital Universitário. É um local que possibilita também um espaço para estudantes iniciarem a trabalhar”, destaca.
Senna reclama da baixa adesão da comunidade. “Pedimos mais apoio da população, pois é uma luta pela saúde de todos. Temos que vir para a rua ‘dar a cara a tapa’. Precisamos de uma mobilização maior”, enfatiza.
Milena de Sousa, 35 anos, trabalha há 12 anos como enfermeira no Hospital Universitário. Ela diz estar preocupada com a situação da saúde no município. “A Santa Casa não vai conseguir comportar toda a população. Sobre a adesão, são 178 funcionários que deveriam estar aqui. Não estão abrindo mão do lazer para lutar pela saúde. Será que em algum dia não vão precisar dela? A situação está horrível e ninguém se manifesta”, explana.
Novidade
Está previsto para hoje, às 16h30min, um encontro no Ministério Público. Segundo o procurador jurídico do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Bagé (Sindisaúde), Alex Sandro Rodrigues, a discussão deverá reunir representantes do Judiciário, Executivo, Legislativo, da Secretaria Estadual de Saúde e da Urcamp. “A nossa expectativa é que alguma resolução seja definida”, afirma.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br