28/05/2015

Bagé - Situação da Cohab será tema de audiência pública em junho



Paredes rachadas, vigas aparentes, infiltração e desnível de pisos e tetos são alguns dos problemas que apavoram os habitantes do Núcleo Habitacional Ney Azambuja (Cohab). A reclamação foi feita por diversos moradores do condomínio, que sentem medo de residir no prédio. Assim começou a primeira matéria sobre a situação da Cohab, publicada no dia 3 de abril de 2013, no jornal FOLHA do SUL.

Desde então, a reportagem vem acompanhando o desdobramento do caso. Durante este período, foram promovidas várias ações dos órgãos municipais, formando uma comissão para monitorar a situação, com reuniões para a regularização fundiária e vistorias. Além disso, laudos parciais apontaram que os prédios apresentavam danos aparentes mais sérios, mas não teria risco de desabamento, desde que uma reforma fosse realizada.

Conforme a aposentada Hormina Barreto Ollé, 73 anos, nada foi reparado pelo poder público nos blocos da Cohab. “Nós, moradores, que arrumamos. As rachaduras nas paredes são tão grandes que se pode enxergar de dentro para fora. Têm apartamentos com pisos desnivelados”, completa.

A aposentada ressalta ainda que durante estes dois anos só realizaram visitas no local. “Mas só visitas não adiantam. Precisamos de reformas. Agora, com o período de chuva, sofremos mais ainda. Existem muitos lugares com infiltração. Isso prejudica a saúde, além de estragar nossos móveis”, enfatiza.

O secretário de Habitação, Antônio Augusto Nadal, disse que o laudo completo contém três alternativas para os reparos. Destas, será escolhida a que é mais viável para a população. “Através de uma audiência pública, o engenheiro responsável passará para os moradores as opções: revestimento cerâmico externo, com argamassa ou textura emborrachada”, completa.

Nadal explica que após a aprovação dos moradores, buscará parceria com o Ministério das Cidades. “A partir daí, o próximo passo é lançar edital. Sabemos que nesse período de chuva e vento aparecem infiltrações. Esperamos resolver o mais breve possível”, ressalta.

Relembre
As verificações foram feitas pelo engenheiro, especialista em alvenaria estrutural, Ivair Pasquali, contratado através de convênio assinado entre prefeitura e governo do Estado. 

De acordo com sua avaliação, a estrutura do prédio vistoriado não apresentava, à época, risco iminente à vida dos moradores, desde que passasse por reparos. O especialista chamou atenção para outro problema que oferecia perigo aos residentes: as instalações elétricas.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br