Os herdeiros da Granja de Pedras Altas receberam uma proposta e o contato de dois empresários interessados em adquirir o patrimônio. A primeira, partiu da Organização Não Governamental (ONG) Associação Missão África, que ofereceu R$ 8,5 milhões pela propriedade. Os advogados comunicaram ao Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal, que estão investigando a ONG.
De acordo com o promotor Éverton Meneses, o procedimento faz parte dos trâmites. "Precisamos saber de onde vem o dinheiro, o que levou a Associação, que não tem intensa atividade no Brasil, ter interesse na compra. Uma produtora cultural de São Paulo está intermediando com outros empresários que também têm interesse no negócio", informa.
O município, o Estado e a União já descartaram a aquisição. De acordo com informações do Ministério Público Federal, a participação do órgão no processo é porque o imóvel é tombado, portanto tem que garantir a conservação do mesmo.
Outras iniciativas
Enquanto isso, outras iniciativas são tomadas. Na última semana, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Eduardo Hahm e uma historiadora disponibilizada pelo Ministério Público Estadual se reuniram para tratar de como será feito o inventário do acervo documental. O trabalho deve começar em breve e já possui o aval da família.
Já o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios criou uma petição na internet, em busca de assinaturas para solicitar ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul a tomada das medidas necessárias para a manutenção do Sítio Histórico da Granja e Castelo de Pedras Altas. O abaixo-assinado pode ser acessado através do link: https://goo.gl/smdr85