23/09/2015

Rio Grande do Sul registra mais um caso confirmado de mormo

Após a divulgação de um caso de mormo na localidade de Pedreiras, em Alegrete, a Secretaria da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul informa a notificação de mais um animal infectado, agora em Uruguaiana. O exame de maleína confirmou o terceiro caso, este ano, no Rio Grande do Sul. Os dois animais passarão por um exame patológico, antes de serem sacrificados. As recomendações, em caso de confirmação de animal infectado pelo mormo, são de que, após sacrificados, devam ser incinerados ou enterrados em uma cavidade profunda, dependendo do tipo de solo do local.

Por meio de nota, a Secretaria da Agricultura informou que as propriedades de Alegrete e Uruguaiana já haviam sido interditadas em 3 de agosto e 28 de julho, respectivamente, em função de resultados positivos no teste de triagem. Após os exames terem dado positivo, a pasta realizou o teste confirmatório de maleína no último dia 19, cumprindo o prazo de 45 dias entre os testes de saneamento. Durante esse período, os equinos suspeitos de terem mormo já estavam isolados. “Todas as medidas de defesa sanitária animal cabíveis foram tomadas, em atendimento às suspeitas de mormo notificadas. As propriedades vínculo, focos e suspeitas encontram-se interditadas e estão sob vigilância contínua do serviço veterinário oficial até que se encerrem os procedimentos de saneamento”, divulgou a nota.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado recomenda a atenção redobrada aos profissionais que atendem propriedades e criatórios de equinos, bem como aos responsáveis técnicos dos eventos equestres. “É preciso ficar atento aos sintomas. Mesmo com sinais semelhantes aos de outras enfermidades, é fundamental comunicar suspeitas ao serviço oficial”, afirma o presidente do CRMV-RS, Rodrigo Lorenzoni. 

Como zoonose, a doença pode ser transmitida aos seres humanos, mas em casos muito específicos ou com contato direto nas secreções do animal. A bactéria que provoca o mormo é pouco resistente fora do organismo do cavalo, mas a higiene e o cuidado na lida com os animais é fundamental para prevenir. “A palavra do momento é prudência”, avisa Lorenzoni.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br