16/09/2015

Professores comemoram cancelamento de sessão na Assembleia Legislativa

Os servidores estaduais bloquearam o acesso à Assembleia Legislativa, na tarde de ontem. A manifestação unificada de 44 categorias teve como consequência o adiamento da votação do "pacote Sartori": 44 também foi o número de professores de Bagé que rumaram à capital para defender a categoria. A presidente do 17º Núcleo do Cpers, Rosane Leite Mathucheski, foi enfática ao afirmar que a categoria permanecerá resistindo. Comemorou o que considera como vitória do movimento e manifestou: "Espero que os deputados tenham entendido que foram eleitos para defenderem os nossos direitos e não para serem base aliada de governos".

Foram mais de sete horas de bloqueio e reuniões entre sindicalistas e legisladores. Não houve acordo e a sessão foi cancelada. É importante explicar que os docentes se manifestam, sobretudo, contra o congelamento dos salários e quanto a alterações no plano IPE Saúde. A criação da previdência complementar e a extinção das fundações do Estado também integram o "pacote do governo". A sessão foi cancelada porque os legisladores alegaram falta de segurança para isso. O Cpers Sindicato havia proposto às escolas uma nova paralisação.

Pelo menos nas duas maiores escolas estaduais da cidade, as aulas ocorreram normalmente. Na Carlos Kluwe, mais de 1,1 mil alunos assistiram às aulas. O período é, também, de preocupação, uma vez que há um calendário escolar que precisa ser refeito. O diretor, Cézar Palomeque, comentou que não parar foi uma decisão dos professores diante da necessidade de recuperação de 20 dias letivos. Foi preciso considerar a situação de alunos que devem se formar este ano. Os docentes não querem que o período letivo se estenda até janeiro de 2016. Na Escola Silveira Martins, as aulas também foram mantidas. A direção informou que essa foi uma decisão coletiva.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br