Ontem, a unidade do Marfrig em Bagé passou por uma nova vistoria, depois que foi interditada no início de maio.
Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizaram uma nova vistoria a pedido do frigorífico Marfrig. Porém, os técnicos ainda não liberaram para funcionamento completo.
De acordo com o auditor-fiscal do MTE, Márcio Cantos, foram autorizados para funcionamento mais alguns setores. “Já tínhamos liberado a caldeira, na primeira vistoria. Agora, a desossa e alguns equipamentos”, completa.
Cantos explica que a gestão de tempo é por conta da empresa. “Eles pediram para analisarmos os setores que possibilitem que a carne seja trazida de outros lugares. Como o abate ainda não está liberado, eles podem trazer o boi, já abatido, e realizar os demais processos aqui na unidade”, enfatiza.
O auditor conta que a empresa está trabalhando para solucionar os problemas. “Mas não tem um prazo estipulado para voltar a funcionar completamente. Assim que eles fizerem os últimos reparos, deverão entrar em contato para marcar uma nova visita”, salienta.
A reportagem contactou com a assessoria de imprensa da empresa. Porém, não conseguiu nenhum posicionamento até o fechamento desta edição.
O caso
No dia 15 de maio, o MFB Marfrig Frigoríficos do Brasil S. A. (Marfrig Group), em Bagé, foi interditado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) devido à constatação de situação de risco grave e iminente à saúde e à integridade física dos trabalhadores.
Alguns problemas deveriam ser solucionados, como os setores de graxaria, carregamento, abate, desossa e sala de corte e miúdos.
Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição, os empregados devem receber os salários como se estivessem em efetivo exercício, nos termos do §6º do art. 161 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br