Assim como esperado, o principal assunto da sessão ordinária de ontem, na Câmara, apesar das inúmeras pautas, acabou sendo o inquérito criminal encaminhado, semana passada, pela Polícia Federal, ao Ministério Público.
Na divulgação, o delegado federal Mauro Silveira adiantou que 18 pessoas estavam sendo indiciadas após uma fraude ser constatada na construção da barragem da Arvorezinha. Em coletiva para a imprensa, ele chegou a mencionar que um servidor municipal, com cargo em comissão (CC), teria solicitado dinheiro para uma das empresas investigadas. A constatação teria ocorrido durante uma ligação telefônica interceptada pela PF.
Assim, ontem, apesar das várias acusações dos opositores do governo municipal perante o caso, o destaque ficou por conta da manifestação do presidente do Legislativo, Divaldo Lara (PTB). Segundo ele, o CC, que não teve o nome divulgado pela PF, é diretor do Departamento de Água e Esgotos, Kiwal Parera.
“Esse senhor delegava ordens e ainda delega. Nós já pedimos o afastamento dele aqui. Esse senhor chama-se Kiwal Parera. Esse é o nome do cargo de confiança que está sendo apontado pela Polícia Federal como o responsável por operar a relação da prefeitura com as empreiteiras”, disse ele em fala na tribuna.
É bom lembrar que nenhum nome fora apresentado pela PF. Lara, contudo, afirmou que ele, como vereador, não tem impeditivos para apontar os responsáveis pelos desvios de verbas da obra que, de acordo com o inquérito, teriam ultrapassados os R$ 2 milhões. “Porque é nosso dever fiscalizar”, frisou o petebista.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br