A presidenta Dilma Rousseff entregou, na noite da última quinta-feira, dia 21, as respostas aos 170 itens da pauta do Grito da Terra Brasil, manifestação anual promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Após a entrega, ocorrida em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias, anunciou que o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 será lançado no dia 15 de junho.
“Tivemos uma reunião muito positiva e importante. Não foram feitos anúncios formais, já que a presidenta vai apresentar todo o Plano Safra no dia 15 de junho. Ela reafirmou as grandes diretrizes que o MDA vem colocando sobre a reforma agrária e o nosso empenho com as famílias que estão acampadas”, afirmou Patrus.
Segundo o presidente da Contag, Alberto Broch, Dilma Rousseff disse que os recursos destinados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) não serão diminuídos em relação à safra atual – R$ 24 bilhões. “Ela nos disse que os valores para o Pronaf giram em torno dos R$ 25 bilhões, e assegurou que vai lançar a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). Não conversamos sobre a taxa de juros, pois ainda não há certezas sobre o assunto”, salientou Broch.
Além do crédito rural e da assistência técnica, também foram debatidos o aperfeiçoamento do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) – que tem como objetivo garantir a saúde, qualidade e segurança higiênico-sanitária e tecnológica dos produtos finais destinados ao consumidor - e a expansão do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) – linha de financiamento que facilita a compra de terrenos no meio rural.
“Conversamos também sobre a estruturação de um pacto federativo para a comercialização de produtos da agricultura familiar, que pode fornecer alimentos para o governo de maneira facilitada. E a presidenta Dilma também se comprometeu que haverá um forte programa de reforma agrária”, disse o presidente da Contag.
Patrus Ananias lembrou que as manifestações dos movimentos sociais são essenciais para alcançar melhorias no meio rural. “Tivemos a Marcha das Margaridas e agora o Grito da Terra Brasil. A participação social vai somar aos nossos compromissos de realizar uma reforma agrária pacífica, democrática, mas efetiva, no Brasil e fortalecermos em todas as frentes a agricultura familiar”, concluiu.
Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br