21/05/2015

Bagé - Vigiágua e Fepam concluem vistoria da água



Foram concluídas, ontem, as vistorias referentes à qualidade da água - feita pela Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiágua) - e à denúncia de um crime ambiental do Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb), que, segundo vereadores da oposição, teria depositado “lodo” num local inapropriado do aterro sanitário, realizada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O resultado de ambas deve ser divulgado na próxima semana.

A vereadora Sônia Leite (PP) afirma que a denúncia foi procedida devido à alta manifestação dos bageenses pela qualidade da água fornecida. “A vistoria realizou duas coletas: a da água para consumo e do 'lodo' colocado no aterro. A Fepam deu prioridade a Bagé devido à situação que estamos enfrentando. Inclusive, técnicos do Daeb solicitam há um ano produtos químicos, mas não obtêm respostas”, relata a vereadora que afirmou que a Vigiágua ofereceu resistência para realizar a coleta.

Vale lembrar que a Fepam havia sido procurada anteriormente pelos vereadores Sônia Leite (PP) e Esquerda Carneio (PTB). Na oportunidade, os legisladores apresentaram amostras da água que estava sendo fornecida às residências.

Conforme o chefe do Departamento de Fiscalização da Fepam, Renato Zucchetti, a água não estava em condições de consumo. “Pode até ter ocorrido uma jogada política, mas é anormal um reservatório passar 18 anos sem ser limpo”, comenta.

Vigilância promove coleta em três pontos
Coletadas em três pontos da cidade – Estação de Tratamento de Água (ETA), Praça Carlos Gomes e uma residência – os resultados finais da Vigiágua devem sair só na próxima semana. Entretanto, o coordenador do órgão, Nereu Luís, demonstrou otimismo no caso. “A Câmara de Vereadores queria coletar em cinco pontos, mas como o trabalho foi bem feito, foram coletados apenas três”, afirma.

Para Luís, há muito “alarde” sendo feito pelos vereadores da oposição. “Eles queriam que eu fizesse na terça, porém eu não tinha a estrutura necessária. Inclusive, já encaminhei um ofício à Câmara para que as atividades sejam avisadas com antecedência”, ressalta.

O coordenador da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, Daltro Paiva, afirma que, em nenhum instante, foram constatados elementos prejudiciais à saúde. “Quero deixar bem claro que a coleta é feita mensalmente pela Vigiágua e que, se fosse detectado algum problema, iríamos tomar providências, entrando em contato com o Daeb. Por isso que oferecemos resistência para fazer essa coleta, mas, já que foi ordem do Ministério Público, tínhamos que cumprir a lei”, relata.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa do Daeb, que afirmou que a autarquia só vai se pronunciar quando receber o laudo das vistorias.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br