07/10/2014

Obras na RSC 473 paradas, mais uma vez

Após um final de semana chuvoso, não foi surpresa o que a reportagem do Jornal MINUANO encontrou na RSC 473:

Serviço tem sido interrompido com frequência

Crédito: TIAGO ROLIM DE MOURA
...lama, atoleiros e muita indignação de quem transitava pela estrada. Nos seis quilômetros que a reportagem percorreu, muitos foram os carros que tiveram dificuldades em avançar na via devido às condições de trafegabilidade.
A estrada por onde é escoada a produção, além do transporte coletivo, escolar, de ambulâncias e outros veículos - ela é uma das obras mais importantes para a região. A pavimentação da estrada é uma promessa das últimas décadas.
O governador que será eleito no próximo dia 26 terá muito trabalho pela frente para dar continuidade à obra e firmar credibilidade com quem trafega na estrada.
Em vários trechos, a lama era tanta, que os carros precisavam praticamente sair da estrada para trafegar.
Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), órgão responsável pela obra, os trabalhos seguem sendo realizados normalmente. Entretanto, devido às constantes chuvas, o serviço tem sido interrompido com frequência. O departamento garantiu, entretanto, que a operação no trecho deve ser retomada assim que as condições climáticas permitirem.
Produtor rural, Paulo Henrique Delabary trafega pela estrada há mais de 30 dos 47 anos de vida. Ele possui uma propriedade rural próximo a Lavras do Sul e uma vez por semana precisa vir a Bagé. "A gente só usa essa estrada por necessidade, porque não tem outra", afirma.
Entretanto, já está com medo de sair com o próprio carro e ficar pelo caminho. Assim, muitas vezes opta pelo transporte coletivo. Mas nem assim a chegada em Bagé é garantida. "Já atolei com o meu carro e também de ônibus. Nunca vi essa estrada tão ruim quanto está agora. Mexeram nela pra começar a obra e abandonaram do jeito que estava. Tem dias que não dá pra passar de jeito nenhum", lamenta.

Demora, paralisações e enrolação
A ordem de início da pavimentação da RSC-473 foi dada em agosto de 2012. Dos 22 quilômetros de rodovia que compreende esta primeira fase, apenas 5 quilômetros passaram pelos trabalhos de terraplenagem e construção de bueiros. A sub-base para o pavimento está sendo aplicada em 1,5 quilômetros, no trecho próximo ao entroncamento com a BR-293.
E o local onde a empreiteira trabalha não recebe manutenção pelo Departamento Estadual de Estradas e Rodagens, pois o trajeto é de competência da empresa. Dessa forma, o Daer só utiliza máquinas fora dessa jurisdição. Em dias de chuva, sem a manutenção devida, a estrada se torna intransitável.
O valor da obra é de R$ 20,7 milhões, com saldo atual de R$ 19,8 milhões. O prazo inicial de entrega já foi adiado várias vezes, e agora está prevista para agosto de 2015 a conclusão da primeira fase.

Fonte http://www.jornalminuano.com.br