09/10/2014

Novo Código de Limpeza Urbana pretende identificar e multar locais de descarte irregular

Bageenses aprovam medida


Lixo fora da lixeira é comum em vários pontos da cidade


Secretaria vai atender a denúncias além de fiscalizar infrações

Moradores deverão se habituar a separar lixo seco do orgânico

Condôminos da Cohab sofrem com problema de descarte inapropriado

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) apresentou, na última semana, o Novo Código de Limpeza Urbana, conforme publicado, ontem, em matéria veiculada no Jornal FOLHA do SUL. O assunto repercutiu e muitas questões surgiram, como, por exemplo, como será a autuação para os que utilizam lixões e contêineres públicos para descarte.

Segundo o secretário da pasta, Carlos Alberto Fico, a Smam vai contar com a ajuda da própria população que pode colaborar por meio de denúncias. “Nos casos dos conjuntos habitacionais, os condomínios serão multados”, afirma. A tática, de acordo com Fico, pretende formar cidadãos vigilantes para que ninguém seja prejudicado.

A situação das lixeiras de coleta seletiva, que não são respeitadas pelos moradores, faz parte do capítulo que prevê educação socioambiental. Serão realizadas palestras  e programas de informação nas escolas, comunidades e meios de comunicação. Segundo o inciso segundo do artigo 58 do Código, 20% do valor cobrado em multas serão destinados às ações educativas e material publicitário.

Opinião pública

Os bageenses aprovaram a medida e a maioria acredita que a proposta vai conseguir promover mudanças. Maria Francisca Alves, 72 anos, acredita que o projeto de lei já era para estar funcionando há muito tempo. “Recém passei na Praça Silveira Martins e tinham várias bitucas de cigarro no chão, isso é uma vergonha. Tem que mexer no bolso da população para que eles comecem a obedecer as regras”, diz.

A professora Roberta Castro também aprovou o projeto, porém, acredita que a prefeitura precisa investir na educação dos alunos em relação ao lixo e à sustentabilidade. “Eu achei uma ótima atitude da prefeitura, porém deve haver investimento em educação para que as crianças entendam a necessidade do cuidado com o planeta, os benefícios da reciclagem e da luta por sustentabilidade”, fala.

O aposentado Jorge Moreira, mesmo não se colocando contra o projeto, acredita que sair multando não é a solução. “Eles não fazem as leis pra que as pessoas respeitem, eles fazem para ganhar mais dinheiro”, declara.

Fonte http://www.jornalfolhadosul.com.br