03/09/2014

Famílias têm a casa invadida por esgoto

Drenagem é a única solução para moradores da rua Sílvio Pelico da Luz

Glacy, com a filha, fica ilhada e tem medo de precisar sair em uma emergência

Crédito: FRANCISCO DE ASSIS
A situação se repete a algum tempo: qualquer chuva, seja forte ou fraca, forma um lago de esgoto na frente das casas da rua Sílvio Pelico da Luz, no bairro Madezatti. Com a chuva da manhã de ontem, o esgoto adentrou às residências. Uma delas é a da aposentada Glacy Saraiva, 74 anos, que mora há 15 anos no local. Ela tem alguns problemas de saúde e teme que um dia necessite ser socorrida e as pessoas não consigam ter o acesso a sua casa.
Nesta manhã, a filha de Glacy, Diocéli Saraiva, 57 anos, ligou para a mãe com o receio de que o esgoto estivesse entrado na casa: "Ela confirmou que estava tudo alagado e eu vim para cá. Até uma geladeira já queimou em outra vez que a cozinha foi inundada. Hoje já desliguei tudo da tomada, mas não pudemos nem almoçar, já que a cozinha está intransitável, além do mau cheiro", lamentou. Enquanto a reportagem do Jornal MINUANO estava lá, Diocéli entrou na cozinha e caiu no meio do esgoto, o que causou um machucado no rosto.
Na casa da idosa, a água suja vem da rua. Mas na residência ao lado, o esgoto entra também pelos ralos do banheiro. A inundação já aconteceu tantas vezes, que a família fez uma mureta na frente da casa, para tentar conter o problema.
O Departamento de Água e Esgoto de Bagé (Daeb) informou que este é um caso que foge à competência do órgão, pois é necessária uma drenagem e que a situação já foi encaminhada para a Secretaria Municipal de Atividades Urbanas (Smau).
O secretário da Smau, Paulinho Parera, afirmou que a equipe da pasta visitou o local na tarde de ontem para verificar como pode ser feito o conserto. "O problema é que o sistema de drenagem entope, principalmente porque as pessoas jogam lixo nas ruas e bueiros. Nesta rua há um agravante que o proprietário de um terreno fechou uma boca de lobo que passava por dentro do pátio, prejudicando a drenagem", diagnostica. Conforme Parera, hoje não se utiliza mais este método de drenagem, por dentro das propriedades das pessoas, mas na Madezatti, o sistema de drenagem é antigo. "Precisamos da colaboração da comunidade para que evitem de jogar lixo nas ruas e bueiros", salienta.

Fonte http://www.jornalminuano.com.br/